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Uma linha recta de poucos metros de largura no mar, no meio do porto, traça uma espécie de fronteira imaginária entre as duas realidades de Lampedusa. De um lado, há uma fileira de barcos de recreio, com cascos brilhantes e de um branco imaculado. Em alguns, ouve-se música alegre e turistas em trajes de banho vão e vêm sem parar com bebidas nas mãos. Do outro, há uma pilha de barcaças vazias, algumas de metal enferrujado e outras de madeira, todas danificadas e danificadas pela água. Deste lado, destacam-se as sirenes das ambulâncias e ouve-se a agitação dos trabalhadores de saúde e voluntários de organizações humanitárias que se deslocam de um local para outro com mantas térmicas de emergência.
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