News

Ministro do Ambiente vai avaliar projeto de linha de alta tensão no Alto Minho

.

Fonte oficial revelou hoje que o ministro do Ambiente e Energia está a recolher a informação necessária para avaliar o projeto de instalação da linha de alta tensão Ponte de Lima-Fontefría (Galiza), ao qual concorrem cinco autarcas do Alto Minho.

Fonte do ministério tutelado por Maria da Graça Carvalho indicou, numa resposta escrita enviada, que “a Ministra, em cooperação com os órgãos e autoridades competentes, está a dotar-se dos elementos necessários à avaliação do projecto de instalação desta linha”. A perguntas da Lusa.

O Ministério do Ambiente e Energia indicou ainda que o governo está a “acompanhar de perto” a questão da linha dupla Ponte de Lima – Fontevría, troço português, 400 kV, que em julho de 2023 recebeu parecer positivo condicionado ao relatório RECAPE – conformidade ambiental relatório do projeto de implementação, conforme documentos disponíveis no site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) consultado pela Lusa.

A linha abrange os concelhos de Villa Verde, na região de Braga, mas também Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdévez, Moncão e Melgaço, todos na região de Viana do Castelo.

O Ministério afirmou ainda que “durante a sua visita ao Terrasse do Poro, no dia 25 de maio, Maria da Graça Carvalho “teve a oportunidade de ouvir ‘no seu lugar’ as preocupações que existem sobre o projeto na zona”.

Cinco autarcas do Alto Minho que concorrem à linha de alta tensão Ponte de Lima-Fontefría (Galiza) manifestaram quarta-feira a sua surpresa por ter sido dada “luz verde” para a acção sem os informar oficialmente e sem o resultado dos processos judiciais instaurados . Contra o projeto.

“Achamos estranho que tenha sido emitida qualquer tipo de licença. São duas medidas cautelares tomadas por cinco municípios contra a APA. Não é porque o projeto é do interesse da comunidade que a legislação pode ser ignorada, seja por questões ambientais. Neste processo, desde o início, tudo valeu a pena”, disse à Lusa António Barbosa, presidente da Câmara de Munção (PSD) e porta-voz oficial dos municípios de Ponte de Lima (CDS). Barcelona (PSD), Arcos de Valdevez (PSD), Melgaço (PSD).

O presidente da Câmara de Monsau explicou na quarta-feira que da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), entidade licenciadora do projeto, os cinco municípios não tinham “nenhuma informação”.

Contudo, os autarcas “receberam da REN (entidade proponente do projeto Rede Elétrica Nacional) a indicação de que no dia 26 de maio a DGEG emitiu licença para construção, ou seja, para início de obra”.

“Sem permissão do tribunal [relativamente a duas providências cautelares interpostas pelos municípios]Questionou-se como é que a DGEG emite uma licença?

Barbosa acrescentou ainda que em abril o município de Moncão recebeu “uma indicação da DGEG para publicar avisos com avisos aos proprietários dos terrenos por onde passará a linha”, relativamente ao início das obras.

“No dia 11 de abril, enviámos um email à DGEG a informar o Diretor-Geral de Energia que esta câmara não irá publicar as notificações porque todo o processo está maculado pela sua invalidade e possível inexistência legalmente, sugerindo que estão a considerar suspender o processo”, revelou.

No dia 29 de novembro de 2023, o Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei que estabelece um mecanismo de compensação para os municípios para mitigar os impactos negativos resultantes de projetos elétricos estratégicos e de alto impacto que geram externalidades locais negativas significativas.

O decreto-lei entrou em vigor no dia 3 de fevereiro e especifica que “a interligação luso-espanhola: a linha Ponte de Lima-Fontefría é um dos oito projetos identificados como um dos projetos elétricos estratégicos que beneficiam de compensação”.

A Lusa contactou a APA, a DGEG e a REN, mas não obteve resposta.

.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo