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Justiça decide que Uber tem vínculo de emprego com motoristas

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O valor do dano moral coletivo será destinado 90% ao Fundo de Apoio ao Trabalhador e 10% à associação de motoristas por aplicativo.E Ouro/Unsplash

A Justiça do Trabalho decidiu que a Uber agora deve cadastrar todos os motoristas ativos, e não apenas aqueles que trabalham em sua plataforma. A sentença, assinada pelo desembargador Mauricio Pereira Simões, da Quarta Vara do Trabalho de São Paulo, teve cobertura nacional. A sentença também condenou a plataforma digital ao pagamento de R$ 1 bilhão por danos morais coletivos em decorrência de ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP).

“Eu culpo o réu [Uber] Você é obrigado a cumprir as leis aplicáveis ​​aos contratos que firmar com seus motoristas e deverá se cadastrar na CTPS Digital como funcionário de todos os motoristas ativos e motoristas que vierem a ser contratados após sua decisão. No entanto, será imposta uma multa de 5.000 ienes por dia. US$ 10.000 para cada motorista não registrado”, afirma a sentença.

A Uber pode recorrer desta decisão. De acordo com a decisão, as plataformas digitais deverão cadastrar os motoristas somente após a finalização do caso, ou seja, todos os recursos foram decididos. “Essa obrigação deverá ser cumprida no prazo de seis meses a contar do trânsito em julgado e da notificação do início do prazo”, afirma o acórdão.

Em novembro de 2021, o MPT-SP ajuizou ação civil pública solicitando ao juízo o reconhecimento do vínculo empregatício entre a transportadora e o motorista. O Ministério do Trabalho disse ter acesso a dados da Uber que mostraram o controle da plataforma digital sobre a forma como eram realizadas as atividades dos profissionais que formam o vínculo empregatício.

Os juízes do Trabalho acolheram os argumentos do MPT em seu julgamento. “Habilidades organizacionais produtivas do réu [Uber] Os problemas com os motoristas são muito mais graves do que qualquer coisa conhecida nas relações laborais até à data. Não é o mesmo nível de controle, mas um nível muito superior e mais eficaz, que atua também no inconsciente coletivo do motorista, indicando os ganhos e perdas da assistência ou recusa, se acarretará em deslocamento ou não. ”

Segundo Renan Karil Bernardi, Coordenador Nacional de Combate à Corrupção nas Relações de Trabalho (Conafret) do MPT, o processo que levou a essa decisão é de grande importância para o debate sobre esse tema no Brasil. plataforma digital. “Este caso exigiu uma análise jurídica minuciosa e envolveu, sem dúvida, o maior mix de dados da história do MPT e da Justiça do Trabalho”, frisou.

Apelação A Uber disse em um comunicado que planeja apelar da decisão e não tomará nenhuma ação exigida pela decisão até que todos os recursos sejam concluídos.

“A Uber recorreu da sentença proferida pela Quarta Vara do Trabalho de São Paulo e deixou claro que não adotará nenhuma das medidas elencadas na sentença até que se esgotem todos os recursos pertinentes.”

A empresa também disse que a decisão levanta “clara incerteza jurídica”. “Este julgamento representa um entendimento original e contraria a doutrina jurídica estabelecida pela segunda instância da própria Comarca de São Paulo em processos conduzidos desde 2017, bem como por outros tribunais regionais e tribunais superiores do trabalho.”

A Uber também acredita que a decisão não considera adequadamente o “robusto conjunto de evidências apresentadas ao longo do caminho” e que a decisão segue uma posição doutrinária que “já foi superada, inclusive pela Suprema Corte dos EUA”. sobre.

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