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Golfinhos de água doce continuam morrendo devido à seca na Amazônia

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Desde o final de setembro passado, pesquisadores e voluntários descobriram corpos de dezenas de botos de água doce em diversos locais da região amazônica. Na região do rio Tifi, afluente do Amazonas, o número de corpos já ultrapassou os 150, e especialistas apontam a seca como o principal motivo do enorme número de mortos.

Entre as vítimas estavam indivíduos de uma espécie rara e ameaçada de golfinho de água doce, o boto rosa (Enea Geofrensis) que continua sofrendo perdas significativas devido à redução da disponibilidade de água nos rios das florestas tropicais da América do Sul. Além desta espécie, golfinhos também foram encontrados sem vida. Sotália fluviatelistambém conhecida como tocoxis

Agora, conservacionistas e cientistas alertam que mais 23 animais foram descobertos noutra área, em Kuari. Em postagens nas redes sociais na internet, a ONG Sea Shepherd Brasil informou que esse fenômeno também pode ocorrer “em outras partes do rio que ainda não foram monitoradas”.

Entre as carcaças estavam 16 botos cor-de-rosa, três botos de smoking e quatro botos de espécies desconhecidas.

Embora tenham sido realizados exames nos corpos para determinar a causa das mortes, a organização acredita que “é possível vincular as mortes à seca, aos baixos níveis de água nos lagos e às altas temperaturas”.

A combinação da seca e das altas temperaturas da água nos rios e lagos será provavelmente a principal causa de mortes, com os especialistas a indicarem que nos últimos dias de Setembro a água em Tefi atingirá os 40 graus Celsius.

Tanto os botos cor-de-rosa como os golfinhos smoking são espécies em risco de extinção, por isso cientistas e equipas de voluntários procuraram resgatar os golfinhos restantes, transportando-os para as profundezas dos rios, na esperança de os poderem salvar.

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