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O fundador do bilionário Snap, Evan Spiegel, descartou a ideia de que a computação futura migrará para um mundo virtual apelidado de metaverso, argumentando que a maioria das pessoas prefere um toque mais leve conhecido como realidade aumentada. A realidade aumentada, que em termos gerais sobrepõe informações digitais ao mundo real, permite que as pessoas aproveitem o poder da computação sem forçá-las a depender de uma única tela, disse Spiegel. Ao contrário de um headset VR, a combinação de telefones e óculos aumentados é “mais imersiva”.
“O metaverso é ‘viver dentro de um computador’. A última coisa que quero fazer quando chego em casa do trabalho durante um longo dia é viver dentro de um computador”, disse Spiegel na conferência WSJ Live em Laguna Beach, Califórnia. “Há uma bifurcação clara na estrada entre VR e AR.”
Mais tarde, no mesmo evento, o chefe de marketing da Apple, Greg Joswiak, ecoou o sentimento, dizendo que o metaverso é “uma palavra que nunca usarei”. A Apple está trabalhando em seu próprio headset combinado de AR e VR, informou a Bloomberg News.
Spiegel e seus tenentes argumentaram essa perspectiva anteriormente, que diverge em parte da visão mais abrangente do metaverso defendida pelo fundador da Meta, Mark Zuckerberg.
O debate ressalta uma discussão mais ampla em andamento sobre o futuro da computação à medida que o crescimento na era dos smartphones diminui. A Snap registrou neste mês seu crescimento trimestral de vendas mais lento de todos os tempos, afirmando que um declínio nos gastos com publicidade continua prejudicando os resultados.
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