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O presidente Emmanuel Macron pediu na sexta-feira o fim do “confronto” ao delinear sua visão para o envolvimento da França com a região da Ásia-Pacífico.
Macron está participando da cúpula de 21 membros da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Bangcoc, enquanto busca relançar a estratégia da França para a região diante da crescente concorrência EUA-China.
A França quer desempenhar um papel estabilizador na região para evitar confrontos, disse o presidente francês em uma reunião de líderes empresariais à margem da cúpula.
“Não acreditamos em hegemonia, não acreditamos em confronto, acreditamos em estabilidade”, disse Macron.
Ele disse que as potências regionais, incluindo a França – que tem territórios ultramarinos nos oceanos Índico e Pacífico, incluindo Reunião, Nova Caledônia e Polinésia Francesa – devem desempenhar um papel.
“Estamos na selva e temos dois grandes elefantes, tentando ficar cada vez mais nervosos”, disse Macron em seu discurso, que fez em inglês.
“Se eles ficarem muito nervosos e começarem a guerra, será um grande problema para o resto da selva. Você precisa da cooperação de muitos outros animais: tigres, macacos e assim por diante.”
Macron disse que a comunidade internacional está enfrentando crises sobrepostas, desde mudanças climáticas até turbulências econômicas, e uma resposta coordenada é necessária.
“Nossa estratégia Indo-Pacífico é como fornecer equilíbrio dinâmico neste ambiente”, disse ele.
“Como proporcionar precisamente um tipo de estabilidade e equilíbrio que não poderia ser a hegemonia de uma delas, não poderia ser o confronto das duas grandes potências.”
Sobre a guerra da Rússia na Ucrânia, que ele identificou como uma importante fonte de instabilidade global, ele disse que todos os países da Ásia e de outros lugares precisam reconhecer seu dever de agir.
A França está trabalhando para construir “um consenso crescente para dizer que esta guerra também é um problema seu porque criará muita desestabilização”, disse Macron.
(AFP)
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