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E se aquele homem proverbial no espelho fosse um peixe? Ele mudaria seus hábitos? De acordo com um grupo de pesquisa liderado pela Universidade Metropolitana de Osaka, sim, mudaria.
No que dizem os pesquisadores em Relatórios científicos é a primeira vez que um animal não humano demonstra possuir alguns estados mentais (por exemplo, imagem corporal mental, padrões, intenções, objetivos) que são elementos de autoconsciência privada, bodião-limpador-de-faixas-azuis (Labroids divididos pela metade) verificavam o tamanho do corpo em um espelho antes de escolher se atacariam peixes um pouco maiores ou menores que eles.
A equipe formada pelo aluno da Escola de Pós-Graduação em Ciências da OMU, Taiga Kobayashi, pelo professor especialmente nomeado Masanori Kohda, pelo professor Satoshi Awata, pelo pesquisador especialmente nomeado Shumpei Sogawa e pelo professor Redouan Bshary da Universidade de Neuchâtel, na Suíça, estava entre o grupo que relatou no ano passado que o bodião-limpador conseguia identificar fotografias de si mesmo como sendo ele mesmo, com base em seu rosto por meio do autorreconhecimento no espelho.
Desta vez, o comportamento do bodião-limpador de ir se olhar no espelho instalado no tanque quando necessário indicou a possibilidade de que os peixes estivessem usando o espelho para comparar o tamanho do seu próprio corpo com o de outros peixes e prever o resultado de brigas.
“Os resultados de que os peixes podem usar o espelho como uma ferramenta podem ajudar a esclarecer as semelhanças entre a autoconsciência humana e animal não humana e fornecer pistas importantes para elucidar como a autoconsciência evoluiu”, declarou o candidato a doutorado Kobayashi.
Este estudo foi apoiado financeiramente por JST SPRING (JPMJSP2139 para TK), JSPS KAKENHI (23KJ1829 para TK, 19F19713 e 20K20630 para MK, 22H02703 para SA e 20K20154 para SS), Swiss Science Foundation (310030_192673 para RB) e uma Bolsa de Pesquisa Estratégica da OCU 2018-2019 (para MK e SA).
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