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Aviões sobrevoando a região do Báltico relataram um aumento misterioso no número de sinais de GPS perdidos ou falsos, aumentando o temor de que a Rússia seja a responsável.
Mais de 1.600 aeronaves, incluindo aeronaves civis, sofreram a interferência – conhecida como bloqueio de GPS – em menos de dois dias no início desta semana, de acordo com uma conta de inteligência de código aberto que rastreia regularmente a interferência de GPS.
A perturbação parece centrar-se na região russa de Kaliningrado, uma região militar chave para Moscovo. Está localizado entre a Polónia e a Lituânia, membros da NATO, e serve de base para uma das principais frotas navais da Rússia. O bloqueio de GPS tem ocorrido regularmente desde o início da guerra na Ucrânia em 2022.
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A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) disse ao Politico que está investigando o assunto, mas até agora os reguladores dizem que os problemas de GPS não representam um risco para os voos.
Os casos de interferência relatados por pilotos têm “aumentado continuamente desde janeiro de 2022”, disse a Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol) à publicação. A Travel Safety Agency recebeu relatórios de pilotos através do sistema voluntário de notificação de incidentes EVAIR.
A organização afirma ter recebido 985 interrupções de GPS durante janeiro e fevereiro deste ano, em comparação com 1.371 interrupções em todo o ano de 2023.
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“As Forças Armadas russas possuem uma vasta gama de equipamento militar destinado a interferir no sistema de navegação global, incluindo interferências e falsificações, a distâncias, durações e intensidades variadas”, disse um oficial de defesa lituano à Newsweek no início deste mês.
A Rússia visa regularmente aeronaves com esta tecnologia, disse Dana Goward, presidente da Resilient Navigation and Timing Foundation, com sede nos EUA, ao POLITICO.
“É uma ameaça real. Há um caso acidental de interferência que sabemos que quase levou a queda de um avião comercial contra uma montanha”, disse ele, referindo-se a um caso relatado pela NASA em 2019.
Em meados de março, um avião militar que transportava o secretário de Defesa britânico, Grant Shapps, sofreu um bloqueio de GPS no seu regresso da Polónia, embora a Agência Europeia para a Segurança da Aviação não tenha conseguido confirmar a fonte russa da interferência ou se o bloqueio foi intencional. Relatórios políticos. .
Em 2022 e 2023, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) alertou sobre o aumento de relatos de incidentes de falsificação e interferência de GPS ocorridos em áreas ao redor da Rússia, incluindo a Finlândia e ao redor da região do Mar Negro e do Mar Báltico, de acordo com o Wall Street Journal. Num boletim, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação disse que os pilotos tiveram de redireccionar os aviões ou alterar os seus destinos durante o voo.
Especialistas dizem que os aviões ainda podem voar com segurança sem GPS e podem mudar para outras fontes quando o GPS é impreciso.
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