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O chanceler Japonês Olaf Scholz, durante uma visita à capital do Brasil na segunda-feira, prometeu € 200 milhões (cerca de US$ 215 milhões) para ajudar o Brasil a defender a floresta amazônica.
Também na segunda-feira, Scholz disse estar feliz com a volta do Brasil ao cenário mundial. Os comentários vêm semanas após a posse do novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Scholz está visitando o Brasil após passagens pelo Chile e Argentina.

O que é o pacote Amazon?
O pacote inclui um novo fundo de € 31 milhões para os estados brasileiros para proteção das florestas tropicais. O Ministério do Desenvolvimento Japonês disse que 93 milhões de euros seriam destinados a projetos de reflorestamento.
Outros € 35 milhões haviam sido suspensos pela Alemanha e Noruega no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e foram reativados.
Os fundos do pacote também são destinados a iniciativas de energia renovável e eficiência energética e programas de reflorestamento. Ao discursar em Brasília, Scholz disse que o Brasil tem um papel importante na “condução da transição verde global”.
Pouco antes da chegada de Scholz, a ministra do Desenvolvimento alemã, Svenja Schulze, anunciou que Berlim disponibilizaria fundos adicionais para a preservação da Amazônia após “anos difíceis”.
“O Brasil é o pulmão do mundo. Se ele tem problemas, todos temos que ajudá-lo”, disse Schulze em Brasília.
O Brasil viu um aumento de incêndios e desmatamento na Amazônia sob o governo de Bolsonaro, com o desmatamento aumentando 59,5% durante seus quatro anos no cargo em comparação com os quatro anteriores.
O que mais Scholz disse em Brasília?
A chanceler alemã disse que Berlim deseja um progresso rápido em um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.
Scholz disse que Lula e o Brasil podem contar com a solidariedade do Brasil. A visita da chanceler alemã ocorre apenas algumas semanas depois que apoiadores do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram prédios do governo em Brasília.
A visita de Scholz também coincidiu com a notícia de que Bolsonaro buscava um visto de turista para permanecer nos EUA por seis meses.
A chanceler da Alemanha disse que Berlim compartilhava uma posição comum com Brasília, com os dois governos condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia.

O Brasil votou para condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia em votações na Assembleia Geral da ONU, mas não se juntou aos países ocidentais para sancionar Moscou.
Lula também disse, em resposta à pergunta de um jornalista sobre o envio de munição de tanque para uso da Ucrânia, que o Brasil “não tem interesse” nisso.
“O Brasil é um país de paz e por isso não quer nenhum envolvimento nessa guerra, nem mesmo indireto”, afirmou. Ele exortou a Rússia e a Ucrânia a negociar, dizendo que “até agora a palavra paz é usada muito pouco”.
Scholz, por sua vez, disse: “Não pode haver paz sobre as cabeças dos ucranianos, e é por isso que sempre dissemos que a condição para as negociações de paz era a Rússia se mover para retirar as tropas”.
sdi/msh (Reuters, AFP, dpa)
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