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A Rússia lançou outro ataque “massivo” à infraestrutura energética da Ucrânia na quinta-feira, desligando a energia de mais de um milhão de residências, segundo autoridades ucranianas.
O ataque de quinta-feira, que incluiu mais de 200 mísseis e drones, marcou o segundo ataque à rede elétrica da Ucrânia em menos de duas semanas.
“Ataques a instalações de energia estão acontecendo em toda a Ucrânia”, disse o ministro da Energia, Herman Haloshenko, no Facebook. Ele acrescentou que cortes de energia de emergência foram implementados em todo o país.
As áreas afetadas incluem a região de Lviv, no oeste da Ucrânia, a região noroeste de Rivne, a região adjacente de Volyn e a região oeste de Ivano-Frankivsk, de acordo com a Associated Press.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os mísseis Kalibr carregados com munições cluster, que disparam muitas pequenas bombas sobre uma vasta área, atingiram alvos civis. Ele descreveu o ataque como uma “escalada maliciosa”.
Zelensky pediu aos países ocidentais que acelerassem a entrega das prometidas armas de defesa aérea em resposta ao ataque.
“Cada ataque deste tipo prova que os sistemas de defesa aérea são agora necessários na Ucrânia, onde salvam vidas, e não em bases de armazenamento”, disse Zelensky via Telegram.
Andriy Yermak, chefe do gabinete presidencial ucraniano, acusou a Rússia de armazenar mísseis com o objetivo de travar uma guerra durante o inverno. Ele acrescentou que a Rússia “recebeu ajuda de seus aliados malucos, incluindo a Coreia do Norte”.
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Não é incomum que a Rússia ataque a Ucrânia durante os rigorosos meses de inverno, na sua tentativa de negar aos civis o acesso ao aquecimento e ao abastecimento de água potável.
Os ataques também visam esmagar a produção ucraniana de mísseis, drones, veículos blindados e outros meios militares.
Durante quase três anos de guerra, a Rússia destruiu quase metade da infra-estrutura energética da Ucrânia.
A Associated Press contribuiu para este relatório.
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