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Câmara de Amarante rejeita responsabilidade pela subida dos preços da água e esgotos

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O presidente da Câmara de Amarante declinou ontem a responsabilidade pelas taxas de água e esgotos praticadas no concelho, das mais elevadas do país, que, afirmou, resultam de um contrato assinado por outro executivo com a concessionária.

“Relativamente ao contrato de concessão de água, não há muito a dizer. A minha posição sempre foi a mesma: votei contra este contrato e, se fosse eu, nunca o teria assinado. ”, disse José Luis Gaspar à Lusa com o tarifário atual.

O presidente da Câmara de Amarante comentou assim as conclusões de um estudo realizado pela Deco Protesti, segundo o qual “a diferença de preços da água, esgotos e resíduos no consumo anual mais elevado poderá ultrapassar os 650 euros entre os municípios, Amarante (Porto) e Fundão (Castillo Branco) onde pagam mais.

Contudo, José Luis Gaspar considera que “é absolutamente inaceitável que exista uma diferença tão grande no preço de uma mercadoria básica num mesmo país”, considerando que “é urgente trabalhar na harmonização dos preços, como aconteceu na realidade”. Com o setor energético.”

De acordo com as conclusões do estudo Deco PROteste, que analisa as tarifas da fatura de água (que incluem água, esgotos e resíduos) e que abrangeu 308 municípios portugueses, existem diferenças significativas entre concelhos.

A análise, realizada com base nas definições em vigor em junho de 2024, e excluindo IVA, Taxa de Recursos Hídricos (TRH) e Taxa de Gestão de Resíduos (TGR), mostra que existem discrepâncias na faturação, levantando a questão do acesso equitativo aos serviços básicos.

“Por exemplo, para um consumo anual de 120 metros cúbicos (120 metros cúbicos) de água, uma família em Amarante paga uma conta total de 494,47 euros, enquanto em Vila Nova de Foz Coa os três serviços custam apenas 94,09 euros – uma diferença de 400€, foi destacado no estudo.

José Luis Gaspar (PSD) era vereador da oposição quando em 2011 o então executivo liderado por Armindo Abreu (PSD) assinou o atual contrato de concessão de água e saneamento com a Águas do Noroeste, hoje denominada Águas do Norte.

O presidente em exercício, que era na altura o líder da oposição no poder executivo, votou contra esta deliberação, alegando, entre outras razões, que a concessão levaria a tarifas mais elevadas.

Hoje, em declarações à Lusa, o CEO manifestou a sua satisfação com a informação, entretanto divulgada, de que a partir de 2026, haverá uma maior intervenção da ERSAR.

“Este é um passo essencial para alcançar o equilíbrio aduaneiro, e assim reduzir as diferenças de preços a nível nacional”, concluiu.

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