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O chefe da Direção de Segurança Pública, Luís Montenegro, foi hoje espancado com tinta verde por um jovem à entrada da Bolsa Turística de Lisboa (BTL), onde participava numa campanha eleitoral.
O jovem foi imediatamente afastado pelo agente da PSP e Luís Montenegro reagiu com bom humor, dizendo: “Estou pronto para tudo”.
O líder do CDS-PP, Nuno Melo, parceiro de coligação do Partido Social Democrata nas listas da AD, que acompanhou Luís Montenegro na visita, considerou-o um “ato cobarde e infantil”.
Imediatamente a seguir, Luís de Montenegro recebeu ajuda dos membros da delegação que estavam presentes à entrada da frente, nomeadamente dos jovens que gritavam “Montenegro, Montenegro” e “É assim que se vê a força da AD” e também “Luis, meu jovem amigo está com você”.
O chefe da Direcção de Segurança Pública entrou no edifício da FIL, onde decorria o evento, e depois dirigiu-se à casa de banho para retirar a tinta, que atingiu não só a roupa, mas também o rosto e o cabelo, mas sem sucesso, depois de removendo-o do site.
“Até breve, bom trabalho a todos”, disse Montenegro antes de entrar no carro.
Minutos após a saída do chefe da Direção de Segurança Pública, a sua assessoria de imprensa informou aos jornalistas presentes no local que Montenegro já não regressaria à BTL, ficando a visita a Nuno Melo, apenas parcialmente ferido.
Mas ativistas do movimento End to Fossil apelaram à ação num comunicado, dizendo que “nenhum partido tem um plano que se ajuste à realidade climática”.
O movimento estudantil apela ao fim da utilização de combustíveis fósseis até 2030 e exige que deixemos de utilizar gás para produzir electricidade até ao próximo ano e, em vez disso, utilizemos electricidade 100% renovável e gratuita.
“Não existe um programa político que preveja como se dará a transição dentro dos prazos científicos. (…) Nenhum partido tem legitimidade para formar governo se continuar a ignorar a maior crise que a humanidade alguma vez enfrentou”, Vicente Magalhães, estudante e porta-voz do movimento, disse no comunicado.
Quanto à Direcção de Segurança Pública, os estudantes acusam-na de defender “o sistema fóssil que coloca o lucro antes da vida”.
O grupo afirma que as eleições marcadas para 10 de março conferem um mandato até 2028 e, portanto, o próximo governo será o último que poderá garantir o fim das escavações até 2030.
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