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Nelson Peltz encerra briga por procuração da Disney

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O investidor ativista bilionário Nelson Peltz encerrou na quinta-feira sua briga por procuração com a Walt Disney Co. depois que o presidente-executivo Bob Iger anunciou detalhes de um grande programa de reestruturação e corte de custos, incluindo 7.000 cortes de empregos.

“Agora a Disney planeja fazer tudo o que queríamos que eles fizessem”, disse Peltz a Jim Cramer na CNBC. “Desejamos o melhor para Bob, esta equipe de gerenciamento e o conselho. Estaremos atentos. Estaremos torcendo.”

“A luta por procuração acabou”, disse Peltz.

Peltz vinha fazendo lobby com executivos e membros do conselho da Disney desde julho, em um esforço para ingressar no conselho de diretores da empresa. Ele começou a travar a luta por procuração no mês passado, após ser rejeitado pela empresa.

Seu fundo de hedge, Trian Fund Management, acumulou 9,4 milhões de ações no valor de aproximadamente US$ 900 milhões. Trian enviou cartas aos acionistas da Disney pedindo-lhes que votassem em Peltz (ou seu filho Matthew) para ingressar no conselho e não votassem no atual membro do conselho Michael Froman, ex-representante comercial dos Estados Unidos.

Peltz criticou duramente a empresa, alegando planejamento de sucessão ruim e feridas “autoinfligidas”, como a aquisição da 21st Century Fox por US$ 71,3 bilhões.

O lobby de Peltz começou quando Bob Chapek (o sucessor escolhido a dedo por Iger) ainda dirigia a empresa. Chapek foi demitido abruptamente em novembro, e o conselho trouxe Iger para substituí-lo.

O programa de reestruturação e corte de custos de Iger visa, em grande parte, colocar a empresa de volta nos trilhos para tornar lucrativo seu popular serviço de streaming. A estratégia de streaming, liderada por Iger, conquistou clientes, mas está perdendo dinheiro. A empresa disse na quarta-feira que seu negócio direto ao consumidor – que inclui Disney+, Hulu e ESPN+ – perdeu mais de US$ 1 bilhão durante o trimestre mais recente.

A Disney tem como meta US$ 5,5 bilhões em economia de custos, em grande parte de seu conteúdo e marketing. A Disney disse que planeja alcançar US$ 3 bilhões em economia de conteúdo nos próximos anos.

Os resultados financeiros da Disney superaram as estimativas de Wall Street. A empresa registrou vendas de US$ 23,5 bilhões, um aumento de 8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Os analistas esperavam, em média, US$ 23,4 bilhões em receita. O lucro aumentou 11%, para US$ 1,28 bilhão. O lucro da Disney de 99 centavos por ação superou as projeções de 78 centavos.

As ações subiram 2% para US$ 114,54 no pregão do meio-dia.

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