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As autoridades locais anunciaram ontem que duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas este mês, após ataques de búfalos no distrito de Mikanhelas, no Niassa, norte de Moçambique.
O primeiro ataque ocorreu no dia 01 e resultou na morte de um jovem de 22 anos. O segundo ataque ocorreu no dia seguinte, matando um idoso e ferindo outras duas pessoas, segundo José Asani, diretor do distrito de Micanhelas.
“Trata-se de um búfalo de origem desconhecida que perambulava por algumas comunidades da nossa região. Quando recebemos a informação (…), o governo formou um grupo misto composto por fiscais e nossos policiais e começou a perseguição, culminando no abate de. o animal”, disse o funcionário à mídia.
A Província do Niassa alberga a maior área protegida de Moçambique, a Reserva Especial do Niassa, que abrange 42.400 quilómetros quadrados, e alberga uma grande variedade de animais, como elefantes, búfalos, crocodilos, leões, leopardos e rinocerontes, bem como zebras. E gado, cavalos, impalas, cabras cinzentas, cabras rochosas, hipopótamos e outras espécies de aves e répteis.
A Lusa noticiou em abril que cerca de 200 pessoas morreram desde 2019 em Moçambique, vítimas de ataques de animais como elefantes e crocodilos, segundo dados divulgados pela Administração Nacional das Áreas Protegidas (ANAC).
Segundo o director-geral da agência, Bijul Kalinga, os ataques à vida selvagem em Moçambique também, de 2019 a 2023, destruíram um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.
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