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O presidente dos EUA, Joe Biden, trouxe suas preocupações sobre a ameaça da indústria de semicondutores da China ao primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, durante uma reunião na Casa Branca na terça-feira.
Cadeias de suprimentos de semicondutores, regras de exportação para equipamentos de fabricação de chips e planos holandeses de fornecer à Ucrânia outro sistema de defesa antimísseis Patriot estavam entre os tópicos discutidos durante a reunião, Reuters relatórios.
A Holanda é uma peça importante na máquina global de semicondutores. O país abriga a ASML, que produz equipamentos para fabricação de chips, incluindo as máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV) usadas na fabricação de chips de ponta.
Diante da pressão dos EUA, o governo holandês já bloqueou a venda da maioria dos equipamentos EUV para a China. No final do mês passado, o governo holandês disse que iria expandir a proibição de exportação chinesa para mais equipamentos de litografia. Segundo a Reuters, a decisão deve custar à ASML cerca de 5 por cento das receitas. A China responde por cerca de 15% ou cerca de US$ 3 bilhões das receitas anuais da ASML.
Apesar dos sinais de que o governo holandês apoiará os esforços dos EUA para ostracizar ainda mais a indústria de semicondutores da China, a ministra do Comércio holandesa, Leisje Schreinemacher, disse no domingo ao falar no programa Buitenhof que qualquer cooperação não seria um cheque em branco.
“Estamos conversando com os americanos há muito tempo, mas eles apresentaram novas regras em outubro, o que muda o campo de jogo, disse Schreinemacher, de acordo com Reuters. “Então, você não pode dizer que eles estão nos pressionando há dois anos e agora temos que assinar na linha pontilhada. E não vamos.”
Nas duas últimas administrações, os EUA fizeram um esforço concentrado para negar à China o acesso a máquinas de litografia EUV e ultravioleta profundo (DUV) usadas na fabricação de chips.
Em outubro, o governo Biden promulgada rígidos controles de exportação sobre a venda de equipamentos de fabricação de semicondutores e alertou três empresas americanas – LAM Research, KLA Corp e Applied Materials – que não poderiam mais fazer negócios com empresas chinesas sem permissão especial do Departamento de Comércio dos EUA.
Mas, embora os EUA possam limitar a exportação de produtos domésticos para a China por motivos de segurança nacional, sua capacidade de impedir que outras empresas preencham o vazio no fornecimento chinês de equipamentos para fabricação de chips é limitada.
Biden passou as primeiras semanas do ano novo se reunindo com líderes mundiais para reunir apoio para controles mais rígidos sobre a exportação de equipamentos de fabricação de semicondutores para a China. O presidente dos EUA também trabalhou com aliados para preencher lacunas na cadeia global de suprimentos de semicondutores.
Na semana passada, Biden se reuniu com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador durante a Cúpula de Líderes da América do Norte para discutir várias questões que vão desde tráfico de drogas, imigração, mudança climática e alinhamento dos recursos das nações em torno da fabricação de semicondutores.
Biden mais tarde se reuniu com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida para discutir uma variedade de questões, incluindo defesa militar e restrições mais rígidas à venda de equipamentos de fabricação de semicondutores e recursos naturais para a China. ®
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