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Para a cientista do CCMar e professora da Universidade do Algarve, o objetivo do seu trabalho é aumentar a eficácia da administração de medicamentos – contribuindo para uma sociedade mais saudável.
Entre as diversas possibilidades que o nosso corpo dispõe para receber uma composição medicinal, Anna Grinha prefere a inalação. Ou seja, administrar o medicamento pelos pulmões. Assim, em termos de tecnologia farmacêutica, especializa-se no encapsulamento de medicamentos através de nanopartículas e micropartículas.
Um dos seus projetos de investigação foi premiado pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia em 2020. O projeto em causa, intitulado “Imunização inalada – uma estratégia para as doenças respiratórias”, foi considerado altamente inovador e poderá dar origem a uma patente. O que Ana Grenha e sua equipe propõem é administrar antígenos diretamente na mucosa pulmonar, por meio da inalação de micropartículas carregadas com esses antígenos. O objectivo é estimular uma resposta imunitária local e, ao mesmo tempo, uma resposta imunitária sistémica – o que poderia levar a uma maior eficácia da vacina, uma vez que a estratégia visa infecções respiratórias que beneficiariam directamente da resposta imunitária local.
Em outro projeto, o pesquisador desenvolveu um carreador também composto por micropartículas, contendo medicamentos usados no tratamento da tuberculose que os pacientes podem inalar. Após a inalação, as micropartículas entram nos pulmões do paciente, onde são capturadas pelos macrófagos alveolares – liberando assim os medicamentos no local da infecção. Através desta técnica, Ana Grenha espera melhorar a eficácia do tratamento, reduzir as doses e a duração do tratamento da TB, bem como reduzir os efeitos secundários, o que aumentará a adesão dos pacientes.
Escrito por Paulo Caetano
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