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O pessoal da Mídia Donut Decidi mergulhar fundo na cultura automobilística underground do Brasil e tentar entender por que ela é tão distinta. Para ver isso de perto e pessoalmente, eles passaram três dias em São Paulo, Brasil, a maior cidade do país e capital do Estado homônimo, acompanhados pelo editor local G. Lopes. A cena automobilística underground que eles encontraram é uma subcultura crescente, com popularidade cada vez maior nos últimos anos.
São Paulo é a maior cidade do Brasil e abriga cerca de 12 milhões de pessoas. É também a capital económica e empresarial do país sul-americano. Portanto, não é surpresa que a sua crescente cultura automobilística underground e a infra-estrutura de apoio que a acompanha, como as lojas especializadas em tuning e mods automóveis, os eventos ali realizados, alguns dos quais realizados de forma ilegal, atraem pessoas de todo o mundo. o país para verificar a cena. Afinal, esta subcultura, como em qualquer outro país, não se trata apenas dos carros, mas também das pessoas que os amam.
A cena underground no Brasil é composta principalmente de motores pequenos e grandes turbos
Um VW Saveiro FWD de primeira geração queimando borracha durante um lançamento
A demografia do típico entusiasta de mod/tuning de carros no Brasil é composta principalmente de jovens e, bem, a maioria dos jovens está falida. O Brasil é um país de carros compactos. As 10 maiores marcas automotivas do Brasil com base no número de unidades vendidas em 2022 foram Fiat, GM, Volkswagen, Toyota, Hyundai, Jeep, Renault, Honda, Nissan e Peugeot. A Volkswagen Brasil opera de forma independente da Volkswagen no resto do mundo.
E para o mercado brasileiro, eles têm seus carros mais populares equipados há muitos anos com o motor EA827 que, ao que parece, é bastante confiável e pouco estressado. Ter muitos deles rodando nas estradas permite que toda uma indústria de tuning se desenvolva em torno deles. E até hoje, os carros Volkswagen compactos e de uso popular, equipados com motor EA827, constituem a maior parte da indústria de tuning no Brasil.
Quando eu era menino e cresci no Brasil, na década de 80, lembro-me de uma reunião informal realizada todos os domingos em um amplo trecho de estrada de seis pistas que havia sido construído como parte da infra-estrutura para o futuro desenvolvimento da área próxima de onde eu usava. viver. Não havia nenhum tráfego naquela estrada larga naquela época, pois não havia mais nada por perto.
Foi a primeira vez que vi carros turboalimentados e comecei a me interessar por carros em geral. Por incrível que pareça, os veículos que mais vi naquela época nos anos 80, naqueles domingos ensolarados, foram os apresentados neste artigo. Muitos Fuscas, Gol, Saveiro, Chevrolet Chevette, Opalas e Caravans.
Chevy também marca cenário com caravanas clássicas e opalas
Outros carros vistos rondando as ruas à noite e marcando presença em competições são o pequeno Chevy Chevette com tração traseira (RWD) e o Chevrolet Opala, também RWD, que a GM vendeu no Brasil há várias décadas e por um tempo foi o mais vendido. carros luxuosos que você poderia comprar no Brasil e até mesmo presidentes sentados eram motoristas neles. Isso prevaleceu principalmente durante os anos 80 e início dos anos 90, quando não era possível comprar carros importados no Brasil.
O Opala fez história no país sul-americano e foi um carro muito apreciado pelo seu luxo e pompa. Em 1992, o Opala foi aposentado e substituído pelo Chevrolet Omega, outro icônico Chevy RWD que fez história no Brasil e agora é frequentemente modificado e ajustado também para desempenho nas ruas. Chevy Chevettes modificados geralmente são empregados como carros de drift, uma vez que os carros RWD são raros no país.
A primeira grande mudança de design do Chevrolet Opala no Brasil. O modelo Coupe visto acima esteve em produção de 1980 a 1986. Esta página contém muitos exemplos do Chevy Opala e Caravan.
O pequeno RWD Chevy Chevette é um favorito do Drift
Os caras da Donut Media dirigiram um Chevette modificado em uma pista alugada e tiveram uma experiência bastante emocionante pegando carona em uma perua Chevrolet Opala fortemente modificada, que foi batizada de Caravana no Brasil. Você pode verificar esses dois casos no vídeo apresentado neste artigo.
A indústria automotiva brasileira é definitivamente peculiar, para dizer o mínimo. É importante ter em mente alguns aspectos sociais, econômicos e até políticos ao pensar no Brasil. Apesar de ser uma das maiores economias do mundo, ainda é um país em desenvolvimento. Sua indústria automotiva reflete isso em parte, com apenas um punhado das maiores marcas de automóveis do mundo encontrando um mercado para produção em massa no Brasil.
Um Chevrolet Chevette de segunda geração se preparando para uma corrida de arrancada com um Fusca.
Carros importados são raros, mas você eventualmente vê um Toyota Supra ou um BMW Série 3 por aí
Para complicar ainda mais, carros e motos são fortemente tributados no Brasil, o que os torna muito caros, e ainda por cima, carros e motos importados são ainda mais tributados, para incentivar as indústrias a se instalarem no país se quiserem vender seus produtos lá.
Isso significa que apenas as grandes montadoras que estabeleceram fábricas no país competem pela maior parte do mercado automotivo brasileiro. Mesmo assim, devido à tributação, um veículo básico nos EUA, como um Toyota Corolla, por exemplo, é um carro de alta qualidade no Brasil, e muito poucas pessoas podem pagar por um, embora a Toyota os produza no Brasil.
Os produtos estrangeiros, especialmente os industrializados, como os automóveis, são ainda mais tributados. Isso, somado aos custos de frete internacional e taxas alfandegárias, entre outras coisas, faz com que o brasileiro acabe pagando quase o dobro por um carro importado em vez de fabricado no país.
O Toyota Camry e o Honda Accord, que já são importados há algum tempo nos últimos anos, costumam vender apenas algumas unidades por mês em todo o país. Este ano a Toyota vendeu três Camrys em fevereiro e nove em março no Brasilenquanto o Honda Accord nem está à venda atualmente.
Um brasileiro que pode comprar um BMW novo, por exemplo, mesmo que seja apenas um Série 3, ou tem muita renda disponível ou tem sérios problemas prioritários. Talvez mais se ele ou ela estiver dirigindo um modelo mais antigo. O ditado no Brasil é mais ou menos assim: “Se você vir alguém dirigindo um Audi, BMW ou Mercedes novo, você sabe que ele é rico.
Mas se você vir alguém dirigindo um Audi, BMW ou Mercedes velho, pequeno, então você sabe que ele é multimilionário”. Isso por causa dos custos de manutenção onde todas as peças são importadas e as concessionárias dessas marcas cobram um prêmio para trabalhar nesses carros.
No final, a conclusão foi que, como acontece com muitos outros países, os brasileiros trabalham com o que têm e isso, em última análise, desempenha um papel na formação da cultura do carro underground encontrada nesses lugares. É fascinante conhecer diferentes culturas automobilísticas ao redor do mundo, e o Brasil não é exceção.
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