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Vice-Presidente da ANMP defende clarificação da conectividade urbana em solo rural

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Ontem, no Parlamento, o Vice-Presidente da União Nacional dos Municípios Ribão Esteves defendeu a necessidade de clarificar a construção em solos rurais de reservas agrícolas e ambientais na contiguidade urbana, caso contrário os custos recairão sobre os ombros das câmaras municipais.

“Isso existe quando se fala em consolidação do espaço público, mas achamos importante esclarecer isso, porque obviamente somos contra isso neste momento no meio […] José Ribão Esteves (PSD) alertou.

O presidente da Câmara de Aveiro também falou como um dos cinco vice-presidentes da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), numa audição no âmbito da avaliação do diploma que abre portas à construção em solo rural.

Segundo Ribão Esteves, o Diploma que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Administração Fundiária (RJIGT), publicado pelo governo no dia 30 de Dezembro, acolheu as propostas apresentadas pela ANMP, mas ainda necessitava de esclarecimentos.

“Não apoiamos o aproveitamento deste decreto-lei para criar ilhas urbanas no meio da REN [Reserva Ecológica Nacional] Vocês dois, Ran [Reserva Agrícola Nacional]Reiterou que defendemos esta justaposição e fusão, apelando à atenção à “gramática” para resolver os “problemas interpretativos” do depoimento.

Além deste aspecto, Ribão Esteves destacou que a associação reconhece também a vantagem do diploma em incluir o conceito de construção de casas com custos controlados para arrendamento e vinculá-lo a outros diplomas.

“Este é um instrumento de contribuição, que “por si só” não resolverá nada”, sublinhou, sublinhando que a criação de um plano diretor municipal (PDM) em Portugal “é a provação mais ridícula” e que “gerir os instrumentos os aspectos legais desta situação são realmente um inferno.” Isso torna a vida dos prefeitos muito complicada.

A alteração ao RJIGT vai permitir a reclassificação de solo rural para solo urbano, para construção de habitação, incluindo na REN e RAN, e o Bloco de Esquerda (BE), o PCP e o Livre solicitaram discricionariedade parlamentar para o diploma, com a objectivo de aboli-lo, mas o Partido Socialista já disse que pretende apenas alterar o documento.

Para Joanna Mortagua (Bélgica), ainda não está provado que haja “escassez de terrenos urbanizáveis”, enquanto o país tem “muito património que ainda não foi reabilitado”, bem como “mais terrenos para albergar os pessoas”. O preço vai cair.”

O deputado sublinhou que a ANMP colocou diversas questões sobre a falta de definição em termos de RAN e REN, “para perceber quais os terrenos elegíveis ou não para reclassificação” e questionou se a certificação tinha “garantias adequadas” em termos de protecção ambiental. e falta de planejamento, que pode levar a “tragédias”.

Marina Gonçalves (PS) questionou a ausência ou desaparecimento do “conceito de habitação com custos de arrendamento controlados”, uma proposta da ANMP que considerou “razoável”, com muitos a duvidarem se o conceito constante da lei “deveria ser alterado”. “É convertido” em “a um preço moderado”.

A social-democrata Sónia Ramos elogiou a coragem do Governo, pois “a crise imobiliária é de facto estrutural e exige medidas imediatas” e “é necessário aumentar a oferta de casas a preços moderados”.

Apelou “à necessidade de aumentar a dimensão das novas habitações para a classe média e de permitir que as câmaras e câmaras municipais aprovem a construção de habitações em terrenos onde a habitação ainda não foi planeada”.

Para Albino Ramos, da Iniciativa Liberal, aumentar a oferta é a melhor forma de reduzir os preços da habitação e que a mudança tem “pontos positivos, apesar da forma subtil como o governo tentou ‘passá-la’ pelos pingos de chuva no final do ano .” ano passado”.

O deputado Alfredo Maya sublinhou o respeito do Partido Comunista pela “autoridade local democrática” e rejeitou a ideia de que a iniciativa de apreciação do decreto-lei ou o pedido de “cancelamento da alteração” por parte do governo tenha ocorrido “em pleno Feriado de Natal e sem ele.” “Qualquer discussão no Parlamento” poderia ser vista como “suspeita dos autarcas e dos seus órgãos”, mas é inerente ao risco de “artificialização do solo”.

Philippa Pinto, do Liver, nota que a grave crise habitacional está a “pressionar injustamente as famílias”, mas a solução não é construir mais em terrenos rurais, mas sim investir na reabilitação do património edificado deteriorado.

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