.
As pessoas em todo o mundo são atraídas para criar e consumir arte, e as emoções humanas costumam ser um assunto central nas artes visuais, bem como na música e na arte performática. No entanto, os mecanismos subjacentes aos sentimentos que a arte evoca permanecem pouco caracterizados.
Um novo estudo revela como a visualização de arte visual afeta nossas emoções. Os sujeitos da pesquisa visualizaram diferentes tipos de obras de arte e descreveram as sensações que a arte despertou em seus corpos. Os pesquisadores registraram o movimento dos olhos dos sujeitos enquanto eles viam a arte. Além disso, os sujeitos avaliaram que tipo de emoções cada obra de arte evocava.
“Ver a arte evocou muitos tipos diferentes de sentimentos e emoções nas pessoas. Embora muitas das peças tratassem de temas tristes ou assustadores, as emoções que as pessoas experimentaram foram principalmente positivas. As sensações corporais evocadas pela arte também contribuíram para as emoções: o mais forte era a reação do corpo à obra de arte, mais fortes eram as emoções experimentadas pelo sujeito”, diz o professor Lauri Nummenmaa, do Turku PET Center da Universidade de Turku, na Finlândia.
“Nas obras de arte, as figuras humanas eram o assunto mais interessante e eram as mais observadas. As pessoas têm a tendência de simpatizar com as emoções umas das outras e provavelmente esse também é o caso quando vemos figuras humanas na arte. As emoções humanas apresentadas na arte peças podem ser absorvidas pelo espectador despercebidas, por meio do chamado espelhamento”, diz a acadêmica Riitta Hari, da Universidade de Aalto.
Ao todo, 1.186 pessoas de diferentes países participaram do estudo e avaliaram as emoções evocadas por mais de 300 obras de arte. A pesquisa foi realizada com pesquisas online e gravações de movimentos oculares em laboratório.
“Nossos resultados sugerem que nossos corpos têm um papel significativo na experiência estética. e as sensações corporais evocadas pela arte podem ser usadas, por exemplo, na reabilitação e cuidados com a saúde mental”, conta o professor Nummenmaa.
.