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Um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCUCC) desenvolveu um sistema de remoção de lamas que utiliza biomateriais com menor impacto ambiental.
“Desenvolvemos um processo de tratamento de água em que substituímos a acrilamida por um biopolímero, garantindo maior eficiência de remoção de partículas e menor toxicidade e impacto ambiental, em comparação aos produtos floculentos utilizados atualmente”, explica Paula Moraes, professora do Departamento de Ciências da da Vida. DCV) e responsável pelo Grupo de Microbiologia, mencionado num comunicado enviado pela FCCTUC à Agência Lusa.
Segundo o investigador do Centro de Engenharia Mecânica, de Materiais e Processos (CEMMPRE), este biopolímero não é tóxico para águas ou resíduos, “o que é um factor muito importante”, pois é reutilizado para produzir outros materiais, no âmbito da o projeto. .
“Testámos este sistema em escala piloto e comprovámos que o polímero funciona perfeitamente neste processo e foi patenteado”, revelou.
Segundo a FCTUC, o projeto DUST+ visa desenvolver materiais compósitos à base de pó de pedra gerado a partir de lamas residuais provenientes do processamento de calcário incorporando ligantes hidráulicos ou poliméricos.
Este projecto, para além da floculação biológica, resultou em materiais/pastas compósitos baseados na incorporação de poeiras geradas a partir de lamas de processamento de calcário e na criação de “produtos inovadores”, ou seja, peças de pedra natural, utilizando os materiais/pastas compósitos que foram O colégio acrescentou que a tecnologia é baseada na impressão 3D, e também foi possível demonstrar que existe um “alto nível de circularidade em novos produtos ao incorporar resíduos de lamas de pó de calcário”.
“Atualmente, estamos avaliando a importância financeira da produção da substituição da acrilamida por biopolímero e achamos que pode ser interessante trazer esse novo sistema ao mercado, pois poderá abrir portas para atender diferentes tipos de tratamento de água.” Paula Moraes é considerada.
Ele acrescentou: “Se for adequado para flocular partículas provenientes de pedaços de pedra, é adequado para flocular outros tipos de materiais”.
“Para garantir o sucesso do projeto, foi identificado um consórcio multidisciplinar com competências complementares em áreas-chave de inovação e composto pela Universidade de Coimbra, SOLANCIS – Sociedade Exploradora de Pedreiras S.A., CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes e Itecons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico da Construção, Energia e Ambiente e sustentabilidade”, explicou a FCTUC.
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