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Nota por Hernán Panessi publicada originalmente em El Planteo. Mais artigos por El Planteo en Strong The One en Español.
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Em exclusivo para El Planteo y Strong The One, o jornalista Hernán Panessi adelanta alguns fragmentos de seu novo (y primer) fanzine Mondo Porro: Guia elementar de cine 420una antología de texts cinéfilos y fumones, editado pelo selo mendocino Mabel Editorial.
Por sua parte, Mondo Porro conta com ilustrações do artista Gonza Varas, colaborador habitual de #Planteorama, o menu fim de semana ilustrado de El Planteo, y autor de fanzines populares como Hey ho let’s draw, Basta Chicos y Cuaderno de atividades y para colorear de Pity Álvarez.
asimismo, Mondo Porro conta com o prólogo do famoso cineasta Ariel Winograd, conhecido por seus filmes permitidos, El Robo del Siglo, Cara de Queso: Mi primer ghettoentre outros.
A continuação, reproduzimos as palavras de Winograd na introdução:
Roto pero feliz
Hernán pode falar de porro, de porno, de cinema e de música. Y quando escrevê-lo desde o coração. Porque conta na primeira pessoa. Y si algo le parece una verga, lo dice. Y si no, también lo dice. Neste mundo onde tudo se põe na tela do juicio, Hernán representa a autossuficiência.
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Es un culo inquieto: sempre está em movimento, sempre está em alguna. E quando você acredita que não está fazendo nada, com certeza está pensando em que outra coisa vai fazer. Que tenga su propio fanzine impreso habla del pasado y, también, habla del presente. Donde tudo é digital, el guacho se manda con lo impreso.

Hernán é um coleccionista, é punk rock em estado mais puro. É como esse vômito adolescente dos anos 90. Me hace acordar a cuando iba a los recitales de Buenos Aires Hardcore y terminaba a las 9 de la mañana. Esas noches en las que, depois de tomar tres petacas, me echaba un pato en la calle y ahí nos íbamos con mis amigos a comer algo para desayunar. Me lembrei dessa sensação de estômago vazio: de estar todo roto, mas feliz.
Pensar em Hernán me lleva a esas caminatas que hacíamos a los 17 años por el Parque Rivadavia sabiendo que tenías 17 pesos (ou 17 dólares) y que esa tarde sí te ibas a animar a comprar el CD de The Exploited. Hernán faz uma revisão dos anos 90, entiende el consumo irónico cultural como muy pocas personas. Hernán é como esse CD de Flema que viene pegou el mismo tema das veces y que igual lo escuchás.
Los últimos românticos
Como garantir Winograd em seu texto inicial, Mondo Porro entroniza la idea romántica de ir a contrapelo del cosmos digital: se trata de um ¡¡¡fanzine impreso!!!, um formato que representa la last resistencia artesanal contra la avanzada algorítmica.
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El fanzine, símbolo de resistência cultural, é –justamente- uma oportunidade para falar de “outros temas” em “outros formatos”.
Aqui, debajo, a modo de adelanto exclusivo, una selección arbitraria de dos textos de Mondo Porro:
Los Visionadores
Hay pitadas a porros, sartenazos de coca e inyecciones de heroína. Hay gritos desesperados, puteadas inflamadas e sexo afebrado. Hay un dúo adicto a las películas argentinas “directo a video”. Hay, a rigor, uma história que começa em um Blockbuster, mas que já havia começado há muito tempo.

Los Visionadores narra a fábula de Fede (Rotstein) e Santi (Calori), dos jovens aturdidos que caen rendidos ante os sinuosos encantos do cinema desconcertante. Acá, Fede y Santi mantém uma relação alimentada com raios catódicospoliciais de baja estofa, lecciones de moralina y una catarata color rojo, que pretendia ser Technicolor, mas que era apenas um rojo VHS nacional.
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Nesse sentido, Los Visionadores se enchia como uma reflexão pop, como um misture que copia, combina, pide emprestado, rouba, deforma e transforma a um tendal de filmes em VHS para criar um produto novo e original.
Y en el pico de su pedo, la Rannix, ese vórtice cinéfilo en el que Rodolfo Rani (con bigote, sin bigote, desnudo o displicente) se yergue como uma especie de Dios. A época de ouro do videoclube, é que mezcla nostalgia llorona com formação onívoraencontre nesta aventura de Néstor Frenkel a su mejor tributo.
Shin Ultraman
Faz tempo que os japoneses estão tratando de explicar-nos que kaijūs no son monstruos, sino que son, justamente, kaijūs: unos dispositivos arquetípicos que respondem a su propia lógica. Que filho monstruoso, sim; que son bestias imensas, también; pero que representan a antiguas leyendas y que tem a Godzilla como sua principal referência.

Nessa linha, a Tsuburaya Productions vem machacando no asunto desde os anos 60 com Ultramanum dos personagens mais emblemáticos da cultura nipona. Um projeto que, cada vez, se reinicia e que agora se encontra com Shinji Higuchi e Hideaki Anno, dos mais lendários miembros de Gainax (a produtora detrás de Neon Genesis Evangelion), a entronização do talento indicado.
Y el link não é gratuito porque Shin Ultramanen su cosecha centenário, recoge el guante de los kaijūs míticos (de lá, os primeiros minutos são um desfile de referências pop) e comprime um pulso mais curioso: podria passar por ao vivo revirado do anime Evangelion.
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Na história, um estrangeiro aterriza na Terra persigando um bicho deformado. Por uma série de perguntas, o estrangeiro toma o corpo de um humano e se converte em um padroeiro de nossa espécie.
Com um ritmo alucinante e um guia que planta mil perguntas –nadie debería cair com o superficial de ver um gigantes tipo “Intergalactic” de Beastie Boys e nada mais-, Shin Ultraman se coloca derechito entre lo más desprejuiciado e inteligente dos últimos tempos.
A versão impressa de Mondo Porro: Guia elementar de cinema 420 está disponível acá.
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