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Uma nova técnica de regeneração óssea com potencial clínico – Strong The One

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Embora os ossos tenham a capacidade de se regenerar e se reparar, eles geralmente são incapazes de fazê-lo quando a lesão é maior do que uma pequena fratura ou lasca. Em um estudo recém-publicado em Inflamação e Regeneraçãopesquisadores japoneses desenvolveram uma técnica para melhorar a regeneração óssea em grandes áreas em ratos – e suas descobertas podem se traduzir bem em ambientes clínicos.

Como a maioria de nós sabe por experiência própria, os ossos podem se reparar sozinhos após uma pequena quebra ou fratura, deixando-nos como novos. Infelizmente, após uma lesão maior – ou se muito osso precisar ser removido por causa de algo como um tumor – os ossos geralmente não cicatrizam bem. Embora existam muitas maneiras diferentes de melhorar o reparo ósseo em áreas maiores em modelos animais, poucas técnicas se traduzem bem na clínica.

Uma equipe de pesquisa da Tokyo Medical and Dental University (TMDU) decidiu enfrentar esse desafio usando o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que melhora a regeneração do sistema circulatório sanguíneo, e o fator de transcrição 2 relacionado a Runt (Runx2), que é importante para regeneração óssea.

“Já havíamos usado esses dois fatores para melhorar a regeneração óssea em camundongos em um estudo anterior”, explica o autor sênior do estudo Keiji Itaka. “Mas injetamos DNA, que pode se inserir na informação genética do corpo, em vez de RNA, que não pode; isso significa que nossas descobertas tinham pouca relevância clínica por causa dos riscos envolvidos.”

Em seu novo estudo, os pesquisadores usaram RNA mensageiro que codificam VEGF e Runx2. Eles primeiro demonstraram que a combinação desses dois RNAs levava a uma melhor resposta regenerativa nas células ósseas do que cada RNA sozinho. Em seguida, eles injetaram a combinação de RNA em ratos com grandes lesões na mandíbula. Após três injeções semanais, os maxilares desses camundongos estavam quase completamente curados, ao contrário dos camundongos de controle. É importante ressaltar que sua técnica pode ter resultados semelhantes em um ambiente clínico e provavelmente é segura para uso em humanos.

“Nossa técnica é especialmente promissora para uso clínico devido ao revestimento que usamos para o VEGF e Runx2 RNA”, explica Maorui Zhang, principal autor do estudo. “Muitos estudos anteriores usaram nanopartículas lipídicas, mas esse revestimento leva à inflamação, limitando seu uso clínico. Usamos um revestimento que desenvolvemos anteriormente, conhecido como polyplex nanomicelles, que leva a muito pouca inflamação.”

Dado que grandes lesões ósseas podem ser difíceis de reparar na clínica, as descobertas deste estudo trazem uma nova esperança aos pacientes. O uso de combinações de RNA revestido em nanomicelas poliplexas é potencialmente uma técnica eficaz e de baixo risco para melhorar o reparo ósseo em humanos e tem muitas aplicações clínicas promissoras.

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