Como se não fosse déjà vu, a notícia de que a Arábia Saudita está concorrendo para sediar a Copa do Mundo não é exatamente um choque. Afinal, quem não sonharia em combinar o fervor esportivo com a riqueza petrolífera e a… digamos, “flexibilidade” ética do reino saudita? É apenas mais um capítulo na longa história de como o dinheiro pode comprar tudo, até mesmo a consciência. Mas, apesar de não surpreender, essa notícia certamente preocupa. Pois quando a política e o esporte se misturam, o resultado muitas vezes é uma combinação tóxica de cinismo e hipocrisia. Vamos explorar o que acontece quando a Copa do Mundo encontra a realidade da Arábia Saudita e por que isso deve nos fazer todos questionar o que realmente importa no esporte.
Um mundo à venda
É impressionante como a FIFA consegue nos surpreender com suas escolhas de sedes para a Copa do Mundo. Ou seria melhor dizer, não surpreender? Afinal, parece que a única coisa que importa é o dinheiro. E quem tem dinheiro para gastar, hoje em dia, é a Arábia Saudita.
Sim, porque quando pensamos em Copa do Mundo, logo nos vem à mente o nome de uma das democracias mais avançadas do mundo, onde a liberdade é sinônimo de felicidade e a igualdade é um valor inquestionável. Ah, espera, não é assim? Então pensamos em outro lugar, onde a cultura do esporte é rica e a paixão pelo futebol é palpável. Ah, não é isso também? Então, resta-nos apenas uma opção: uma ditadura teocrática que financiou e apoia grupos terroristas e que tem um histórico de violações dos direitos humanos e do trabalho. Que escolha maravilhosa!
- País que nega direitos básicos à mulher;
- Lugar onde a liberdade de expressão é um conceito desconhecido;
- Nação que patrocina e promove a intolerância religiosa.
| Benefícios para a FIFA | Prejuízos para a humanidade |
| Concessão de grandes somas de dinheiro; | Legitimação de um regime autoritário; |
| Aumento da visibilidade do futebol; | Menosprezo pelos direitos humanos; |
In Summary
E, assim, não é de surpreender, mas certamente é preocupante. Uma Copa do Mundo na Arábia Saudita é apenas mais um capítulo na longa saga da FIFA de priorizar o poder do dinheiro sobre a decência humana. O futebol, esporte que une milhões de pessoas ao redor do mundo, é reduzido a uma mera ferramenta de propaganda para regimes autoritários. Sim, é cansativo, mas não podemos deixar de nos indignar. Afinal, como diz o velho ditado: ‘o dinheiro não tem cheiro’, mas a hipocrisia tem um cheiro bem forte. Vamos continuar a debater, a questionar e a exigir mais. Ou, quem sabe, podemos apenas fechar os olhos e fingir que tudo está bem. A escolha é nossa.





