Quando noticiado pela primeira vez, o incidente parecia divertido e inofensivo: um diretor de escola leu um trecho de um artigo sobre as eleições em uma rádio local durante um discurso de formatura. Mas, aparentemente, alguém achou que isso era motivo suficiente para afastar o professor. É claro que, de vez em quando, precisamos lembrar ao povo que, em um estado autoritário, o pensamento crítico é chato e vai além do que muuitos estão dispostos a suportar.
1. Diretor de escola desinformado ignora descontentamento popular
O diretor da escola parecia obcecado com a ideia de que todos estavam contentes com o que andava a ser feito. O dinheiro contado parecia mais importante do que o ouvir ou dar ouvidos aos seus alunos. Então, apesar de muitos dizerem que não parecia haver progresso, que as atitudes das pessoas da escola nunca mudavam, ele não quis colocar em prática qualquer plano para melhorar os padrões da escola.
Mais notável eram as constantes reclamações sobre questões mais importantes como:
- Substituição de professores – A falta de dedicação ou de habilidades extracurriculares de alguns destes podiam ser sentidas nas classes.
- Acervo escolar – Se a escola já estava desatualizada antes, o diretor escolheu ser ainda mais negligente com o assunto, minimizando os seus pedidos.
- Improvisação organizacional – O lema da escola não foi mudado nos últimos anos, assim como a estrutura curricular e da liderança.
2. Discurso eleitoral em provável violação da lei não suscita repúdio
Uma delícia de situação! De acordo com o atual boato populachão, o discurso eleitoral que ocorreu com suspeita de violação à lei foi um sucesso. Realmente incrível como um discurso em possível desrespeito às leis sensatas e às boas práticas sociais é recebido com entusiasmo pela audiência! É com certeza um momento bastante peculiar:
- Quem diria que uma pessoa pode incitar abertamente a violação da lei?
- Quem imaginaria que esse comportamento descabido pudesse ser elogiado?
É simplesmente desesperador que, ao invés de repúdio, a manifestação desrespeitosa seja tão bem acolhida por aqueles que a presenciaram. É fato que houve a Violação À Lei, e ela (supostamente) «não suscitou» repúdio. Se ela tivesse, talvez devesse existir algum tipo de assombro aos ouvintes que faltou.
3. Diretor sofre punição absurda à luz da urgência de informação eleitoral
Mais uma vez, uma autoridade se vê sair do prato da balança catastroficamente deteriorada da justiça brasileira. No último sábado, o diretor de um posto de informações eleitorais foi condenado a uma pena de 20 anos de prisão por um motivo absolutamente ridículo:
- Ele não teve tempo para completar seu trabalho a tempo.
- Ele não possuiu métodos eficientes de gerenciamento de tempo.
- Ele não conseguiu responder todas as perguntas da comissão.
Esta é uma punição absurda, mas assustadoramente não vemos, atualmente, nenhum movimento para reverter tal abuso cometido. Temos aqui um exemplo claro de como a pressão dos eleitores para obter informações e informações imediatas sobre qualquer coisa se tornou insuportável e desequilibrou os limites da “justiça” neste País.
Lamentavelmente, parece que a “eficiência de dois minutos” a qual o nosso sistema eleitoral é regulado ultrapassou longe os limites de justiça possíveis, e o mais assustador é que nada foi feito ainda para fazer algo diferente.
4. Em tempos de polarização, não a solidão em asileiros escolares
As paredes de um asilo escolar são muitas vezes as únicas amigas de milhares de jovens que lá residem e, talvez, nestes tempos de polarização extrema, nada melhor do que passar algum tempo em companhia dos pensamentos para o luto ou o consolo de cada um, individualmente.
Talvez as crianças deveriam aprender as delícias do isolamento precocemente, em vez de lidar com o real problema – o qual é o que alimenta esta supracitada polarização – que são as desigualdades econdômicas, educacionais e sociais.
- Abandonar a polarização e, consequentemente, os debates infindáveis que só dividem, é necessário para que haja um diálogo real para verdadeiras soluções
- A maioria dos jovens com menos recursos não tem a oportunidade de buscar conhecimentos e soluções que influenciem positivamente seu futuro
É claro que, com essa decisão, sinoisiamos que as questões críticas que assolam a nação não devem ser discutidas e compartilhadas. Aqui, votar é a única maneira de expressar os sentimentos e crenças, e compartilhar um pensamento crítico significa pedir problemas à autoridade! Talvez a execução desse diretor seja a punição final para que servirá de lição a todos os outros que ousam expressar suas opiniões, mas consideram os fatos antes de falar.