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A decisão de um tribunal italiano de inocentar um zelador que apalpou uma estudante porque o fez por “apenas alguns segundos” provocou indignação.
A menina, que tinha 17 anos na época do incidente, disse que o homem se aproximou dela por trás, colocou as mãos em sua calcinha e a ergueu levemente no ar enquanto ela puxava as calças depois de subir uma escada com um amigo.
Um painel de juízes disse em sua decisão que “a coisa toda dura cerca de cinco a 10 segundos” e foi feita sem “intenção libidinosa ou luxuriosa”.
O homem de 66 anos disse que enfiou a mão na parte de trás da calça da menina na escola no bairro Ostiense de Roma “de brincadeira”.
Depois implorou à menina que deixasse passar, dizendo-lhe: “Você vai arruinar a minha vida, eu não fiz nada com você.”
Em seu veredicto, datado de 6 de julho, um painel de juízes concluiu que o gesto impróprio foi tão breve que deixou “amplas dúvidas” sobre se foi voluntário e considerou o argumento de que era uma brincadeira “convincente”.
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Andrea Buitoni, advogada da menina, disse ao site de notícias Fanpage que a decisão será “definitivamente” apelada.
“Não é assim que um velho brinca com uma menina de 17 anos. Pelo menos é o que eu penso”, disse a menina ao jornal Corriere della Sera, segundo o qual ela acaba de completar 18 anos.
O veredicto desencadeou um protesto online, com milhares de usuários de mídia social postando vídeos de si mesmos tocando partes íntimas do corpo com as hashtags #10seconds e #quickgrope.
O ator e comediante Paolo Camilli – que protagoniza The White Lotus – está entre os envolvidos na campanha online.
Ele postou um vídeo no TikTok dele acariciando seu peito por 10 segundos e disse: “Se isso não é assédio, o que é?”
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