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Os trabalhadores do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) vão realizar uma greve nacional no dia 27 de outubro para melhorar as condições de trabalho e alertar o governo para problemas na organização, disse à Lusa fonte sindical.
Em declarações à Lusa, o chefe da direção nacional do Sindicato Independente dos Trabalhadores Florestais, do Ambiente e da Proteção Civil (SinFAP) disse que os trabalhadores decidiram entrar em greve para sensibilizar para os vários problemas que os afetam e não para dialogar com eles. Organismo.
“Há vários motivos para estarmos em greve: por exemplo, a não abertura de um concurso de promoção para trabalhadores do ICNF. Muitos deles estão há 10 anos sem qualquer tipo de progressão na carreira. Estamos a falar de assistentes operacionais, assistentes técnicos e seniores. técnicos.Também há escassez de uniformes e equipamentos de trabalho.
Segundo o presidente do Conselho Nacional do SinFAP, os trabalhadores exigem a abertura de procedimento concursal para os cargos de assistente técnico, guarda da natureza, técnico superior, bombeiro florestal e auxiliar de operações, o pagamento de horas extraordinárias e subsídios perdidos a todos os trabalhadores e a aplicação da isenção de horário de trabalho aos trabalhadores cujo nível de complexidade o determine.
Apelamos também à distribuição de uniformes e equipamentos de proteção adequados ao desempenho das suas funções a todos os trabalhadores, à distribuição de telemóveis a todos os trabalhadores que prestam serviços externos e à intervenção urgente em edifícios e estacionamentos.
Alexandre Carvalho disse ainda à Lusa que um dos outros problemas que os levou à greve foi a falta de medicina profissional.
“A lei exige que todas as instituições tenham acesso à medicina do trabalho, mas o ICNF não faz isso, é um órgão distinto da lei”, disse.
O dirigente sindical diz ainda que os trabalhadores também exigem a demissão da direção do ICNF, “porque não têm capacidade para liderar a organização”.
“Tentámos falar com o ICNF, mas não obtivemos qualquer resposta. Não é um instituto democrático que ouve todas as associações representativas dos trabalhadores”, notou.
Segundo o sindicato, o Congresso Internacional dos Trabalhadores Migrantes é “uma organização que não lida bem com a democracia pluralista, com liberdade de escolha e opinião”.
“A greve é uma forma de alertar o governo e o Ministério do Ambiente para o que se passa no ICNF. Precisamos de acabar com isto. É preciso valorizar os trabalhadores”, afirmou.
No dia 27, os trabalhadores do ICNF, além da greve, organizarão uma concentração na sede da organização, em Lisboa, onde acordarão novas ações de combate.
Segundo o sindicato, o ICNF tem entre 1.050 e 1.070 trabalhadores.
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