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A Câmara Municipal de Vila do Bispo adotou medidas para atingir as metas de redução do consumo de água impostas devido à seca na região do Algarve, como reduzir a pressão na rede ou aumentar o controlo e deteção de fugas, foi ontem anunciado.
A Câmara Provincial de Faro justificou a adoção deste conjunto de medidas pela situação de alerta que a região algarvia vive devido à seca e pela necessidade de poupar água para preservar os recursos hídricos que estão sujeitos a um “declínio significativo” na região algarvia e no o município da Vila do Bispo.
“Para mitigar os efeitos negativos da seca e garantir a sustentabilidade da água […] “Villa do Bispo já reduziu a pressão na rede pública de abastecimento de água à medida que são asseguradas as condições de funcionamento e a monitorização e monitorização eficaz da rede de abastecimento e a deteção de fugas de água”, refere a autarquia em comunicado.
Salientou que a par destas medidas foram também colocados contadores inteligentes nos locais de Barão de São Miguel, Burgão e Sagres, permitindo aos serviços de abastecimento aceder à disponibilização automática de leituras e “maior eficiência na medição e minimização de perdas visíveis”.
Entre as medidas adotadas estão também a suspensão da rega em todos os espaços verdes públicos, o encerramento de fontes, chafarizes e torneiras públicas, mas também o aumento das tarifas de acordo com as orientações da Entidade Reguladora de Águas e Resíduos (ERSAR), segundo o a municipalidade.
“De salientar que o município de Vila do Bispo, em conjunto com outros municípios do Algarve, em 2024, terá de reduzir o seu consumo em 15% face a 2023”, afirma a autarquia, referindo-se ao valor da redução imposta. pelo governo sobre o consumo urbano de água, como parte do combate à seca na região.
A autarquia apelou à cooperação de todos os residentes e consumidores para atingir o objetivo de redução do consumo, sublinhando que “cada gota tem um preço”.
A região do Algarve está em alerta de seca desde 5 de fevereiro, e o governo aprovou um conjunto de medidas de restrição ao consumo, nomeadamente um corte de 15% no setor urbano, incluindo o turismo, e um corte de 25% na agricultura.
Além destas medidas, existem outras medidas como o combate às perdas nas redes de abastecimento, a utilização de água tratada para irrigação de espaços verdes, ruas e campos de golfe, ou a suspensão da atribuição de títulos de propriedade para exploração de recursos hídricos.
O governo já reconheceu o aumento do nível de restrições, declarando estado de emergência ou desastre ambiental, se as medidas agora em vigor forem insuficientes para resolver a escassez de água na região.
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