.
Um grupo de jovens levanta os braços, tilintando copos de uísque irlandês. Sorrisos, abraços e emoção à noite em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. O brinde ocorre a cerca de trinta quilômetros da Rússia e a cem quilômetros da frente de batalha. Mesmo sob o pesado fardo da guerra, há motivos para celebrar a vida e a amizade. O convocador é Yaroslav, 28, motorista de táxi alistado como voluntário no exército que o EL PAÍS entrevistou em novembro, quando participava da contra-ofensiva para retomar a cidade de Kherson, no sul do país. Agora ele voltou para casa por alguns dias por ocasião do nascimento de seu primeiro filho, Ilia, que chegou em 10 de março a um país abalado pela invasão russa. O voluntário regressa na próxima segunda-feira à zona de Bakhmut e Soledar, na frente de Donbass, a mais quente da guerra. Lá, a Batalha de Bakhmut continua sendo palco de milhares de mortes de ambos os lados. Um porta-voz militar ucraniano insistiu na quinta-feira que é um enclave essencial para deter o inimigo.
.
.