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‘Ritmo’ ou ‘deriva’ – novas ferramentas podem ajudar a entender melhor a atenção humana – Strong The One

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Teorias aceitas de como a atenção visual das pessoas se comporta em situações com muitos estímulos, como atravessar uma rua movimentada, podem precisar ser repensadas.

Os cientistas cognitivos geralmente descrevem a atenção visual como um holofote que você pode mover para se concentrar em coisas diferentes. Ao longo da última década, muitos pesquisadores chegaram à conclusão de que esse holofote se move ritmicamente como um metrônomo.

No entanto, uma nova pesquisa da Universidade de Birmingham revela que não podemos determinar com precisão se a atenção alterna ritmicamente entre ‘ameaças’ e ‘oportunidades’ ou se desvia de forma menos previsível, à medida que as pessoas examinam seus arredores.

Publicando sua pesquisa na Nature Human Behaviour, Dr. Geoff Brookshire observa que as técnicas comumente usadas para testar oscilações rítmicas não podem discriminar facilmente entre ‘ritmo’ e ‘deriva’ e propõe novas técnicas para ajudar a esclarecer a dinâmica da percepção e da cognição.

Dr. Brookshire comentou: “Há um consenso crescente de que a atenção se move ritmicamente – mas esse consenso pode ser prematuro.

“Os processos estatísticos que desenvolvi nos ajudarão a revisitar como a atenção se move. Usar essas ferramentas para ampliar a compreensão sobre a atenção pode nos ajudar a entender melhor as condições cerebrais, como o transtorno de déficit de atenção”.

Normalmente, um cenário de varredura de atenção, como atravessar a rua, envolve o monitoramento de vários aspectos do ambiente, como a mudança de semáforos, a aproximação de veículos e outros pedestres.

Os experimentos do Dr. Brookshire usam uma variedade de estímulos, construídos em um design central compartilhado, onde os participantes monitoram imagens na tela procurando por ‘flashes’ alvo – revelando nenhuma estrutura rítmica para movimentos de atenção.

Ele esboça dois procedimentos que podem discriminar entre ‘ritmo’ e ‘deriva’. O primeiro procedimento é um método de ‘bootstrap paramétrico’ – assumindo que os dados vêm de uma distribuição conhecida com parâmetros desconhecidos. O segundo procedimento, baseado na análise harmônica e chamado de ‘estimativa robusta’, é comumente usado para identificar ritmos na ciência do clima.

“Quando usei essas novas análises em dados publicamente disponíveis de experimentos publicados, não encontramos nenhuma evidência de mudança rítmica do foco de atenção”, comentou o Dr. Brookshire. “Com essas novas ferramentas estatísticas, podemos revisitar como a atenção se move e lançar alguma luz sobre essa área vital e fascinante da pesquisa do cérebro”.

As instituições participantes são: Centre for Human Brain Health, University of Birmingham, Birmingham, Reino Unido; e SPARK Neuro, Nova York, NY

Fonte da história:

Materiais fornecidos por Universidade de Birmingham. Nota: O conteúdo pode ser editado para estilo e duração.

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