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Um holandês de 30 anos é suspeito de ser um jogador-chave em uma operação pirata de IPTV de vários milhões de euros, que atendeu a mais de um milhão de assinantes. O arguido pediu para ser libertado enquanto aguarda julgamento, mas é considerado um risco de fuga, pelo que o pedido foi negado. Conversas grampeadas sugerem que o homem planejava reiniciar o negócio pirata de IPTV e fugir para o Marrocos.
Nos últimos anos, muitas pessoas cancelaram suas caras assinaturas de TV a cabo, optando por usar a TV pela Internet mais barata.
Aqueles que escolhem os planos mais baratos geralmente acabam em serviços piratas. Eles podem funcionar perfeitamente por anos, até que de repente param de funcionar.
Polícia Fiscal invade serviço de IPTV
Em maio passado, a polícia fiscal holandesa (FIOD) obteve um grande sucesso na batalha contra esse tipo de pirataria ao encerrar uma das maiores operações de IPTV da Europa. Este também não era apenas um alvo aleatório. A operação presumivelmente oferecia seus serviços a inúmeros vendedores menores de IPTV, que atendiam a mais de um milhão de assinantes.
Poucos detalhes foram divulgados sobre os principais réus, mas as autoridades informam que quatro pessoas foram presas. As informações disponíveis também sugeriram que o GLOBE Datacenter era um dos principais alvos e que mais de 1.200 servidores foram retirados do ar.
As autoridades não mencionaram nenhum serviço específico de IPTV, mas a operação foi massiva. O grupo antipirataria local BREIN relatou que as TVs de centenas de milhares de residências ficaram escuras devido aos ataques. A Europol, que também auxiliou na operação, disse que o serviço tinha mais de um milhão de usuários em toda a Europa.
Diante de uma operação desse porte, a polícia inicialmente não conseguiu ver que os sites de empresas inocentes também foram retirados do ar no processo. O problema foi resolvido depois que o Strong The One solicitou esclarecimentos.
Ação Penal
A acusação daqueles por trás da operação ilegal de IPTV está apenas começando. Esta semana, houve uma audiência ‘pro forma’ no caso contra o réu Hicham O. O homem de 30 anos é gerente e acionista da Globe Datacenter e da Satellite Wholesale BV em Almere, duas empresas que foram alvo das batidas.

O arguido é tido como peça chave na operação criminosa de IPTV e é acusado de branqueamento de mais de 17,5 milhões de euros. Ele foi preso em maio passado e permanece sob custódia. A AD informa que, segundo conversas escutadas, Hicham afirmava gerar meio milhão de euros de receitas por mês, dos quais 200 mil euros eram puro lucro.
Durante a audiência pro forma, o arguido pediu para ser libertado enquanto aguardava julgamento, temendo que a sua família perdesse a casa por já não terem rendimentos. Ele citou lutas mentais também.
O pedido foi negado, de acordo com a mídia local, porque o tribunal vê Hicham O. como um risco de fuga e reincidência em potencial.
O procurador referiu que o arguido, que tem nacionalidade holandesa e marroquina, tem planos de fugir para Marrocos. Conversas escutadas com familiares e outros suspeitos revelaram que ele gostaria de relançar o negócio de IPTV para começar a ganhar dinheiro novamente.
Acéfalo?
O Ministério Público disse ainda que as assinaturas piratas de IPTV se tornaram muito comuns nos últimos anos. Em algumas partes da sociedade, as pessoas acreditam que você é louco se paga por uma assinatura legítima de streaming.
“Por que você pagaria centenas de euros por mês por serviços de streaming se pode assistir tudo por dez euros por mês?” o promotor questionou, acrescentando que plataformas de streaming como a Viaplay estão com problemas financeiros como resultado dessa atitude.
“O que se vê acontecer é que uma empresa como a Viaplay está com problemas financeiros porque parte da sociedade está disposta a passear com os direitos de propriedade dessas empresas”, acrescentou o procurador.
Como o promotor sabe que os problemas financeiros da Viaplay são causados pelos serviços de IPTV não está claro, mas o tom está definido.
O julgamento completo contra Hicham O. está programado para ocorrer no próximo ano. Existem vários outros réus também, mas esses casos serão tratados separadamente em datas diferentes.
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