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É aquela hora da tarde em que deveria haver uma grande agitação no portão da escola de crianças saindo e pais ou avós indo buscá-los, mas o que há na entrada da escola Imakumano em Kyoto é silêncio e só há Hikari Yurugi. Ela estudou naquele centro, assim como o pai, mas o bebê que carrega não. Imakumano fechou há quase uma década, porque no Japão há cada vez menos crianças, num colapso demográfico de dimensões gravíssimas. Tanto que o primeiro-ministro Fumio Kishida disse em janeiro que o país está “à beira de não conseguir manter suas funções sociais”. “É agora ou nunca”, declarou, garantindo que a inversão dessa tendência será a sua política mais importante.
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