Estudos/Pesquisa

Rastreando como o magnetismo afeta o comportamento animal – Strong The One

.

Por mais de 50 anos, os cientistas observaram que o comportamento de uma grande variedade de animais pode ser influenciado pelo campo magnético da Terra. No entanto, apesar de décadas de pesquisa, a natureza exata desse “sentido magnético” permanece indefinida. Will Schneider e Richard Holland, da Universidade de Bangor, no País de Gales, e seu colega de trabalho Oliver Lindecke, do Instituto de Biologia de Oldenburg, Alemanha, escreveram agora uma visão abrangente desse campo interdisciplinar, com ênfase na metodologia envolvida. Este trabalho está agora publicado na revista EPJ Tópicos Especiais.

Este sentido magnético, ou ‘magnetorecepção’, foi notado pela primeira vez em pássaros, e particularmente em pássaros canoros migratórios. Já foi observado em muitas outras espécies, incluindo mamíferos, peixes e insetos. No entanto, a relação exata entre o campo magnético e o comportamento é difícil de definir porque pode ser mascarada por outros fatores ambientais. Os experimentos devem ser planejados com muito cuidado para que seus resultados sejam estatisticamente sólidos.

“Nosso objetivo é fornecer uma visão equilibrada para os pesquisadores que desejam entrar nesta excitante área da biologia sensorial”, explica Schneider. Ele e seus co-autores delinearam uma série de métodos usados ​​para deduzir se o comportamento de um animal é afetado por um campo magnético. Isso inclui o uso de GPS para marcar o alinhamento dos animais com o campo da Terra durante atividades normais, como vacas pastando; observar o comportamento depois que os tecidos considerados responsáveis ​​pela magnetorecepção foram removidos ou os genes eliminados; e anexar pequenos ímãs sobre ou perto dos corpos dos animais para interromper o mecanismo. Trabalhos adicionais de fisiologistas animais, neurocientistas, geneticistas e outros também serão necessários para entender verdadeiramente esse fenômeno.

E esta pesquisa não é apenas de interesse acadêmico. “Entender a magnetorecepção animal nos ajudará a proteger os animais soltos em ambientes desconhecidos na natureza”, acrescenta Lindecke.

.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo