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Um prisioneiro britânico “muito perigoso” está entre os cinco detentos que escaparam de uma prisão de alta segurança em Portugal.
Mark Cameron Roscaleer, 39, cumpria pena de nove anos por sequestro e roubo na prisão de Vale de Judeus, cerca de 70 km ao norte de Lisboa.
Os cinco homens, com idades entre 33 e 61 anos, fugiram na manhã de domingo e receberam “ajuda externa” de cúmplices que disponibilizaram uma escada que “permitiu aos reclusos escalar o muro”, segundo a Direção-Geral da Segurança Pública (DGRSP).
Frederico Morais, presidente do Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais (SNCGP), descreveu Roscaleer como “muito perigoso” e aconselhou as pessoas a não se aproximarem dele ou de outros presos caso o vissem.
Ele também deu detalhes sobre a fuga: “Eles conseguiram pular uma rede porque não há guardas vigiando o perímetro… colocaram a escada contra o muro e, de lá, com uma corda feita à mão, escalaram o muro”.
Os outros quatro fugitivos são:
• Fernando Ferreira, 61, português, cumprindo 25 anos de prisão por tráfico de drogas, furto, roubo e sequestro
• Fábio Loureiro, 33, português, condenado a 25 anos de prisão por extorsão, roubo e lavagem de dinheiro
• Rodolf Lohrmann, 59, argentino, condenado a 18 anos e 10 meses por furto, roubo e lavagem de dinheiro
• Shergili Farjiani, 42, natural da Geórgia, recebeu uma pena de sete anos por crimes violentos, roubo e falsificação
Fugitivos são “muito perigosos”
Segundo o jornal português Jornal de Notícias, o grupo contou com a ajuda de três cúmplices do lado de fora da prisão e fugiu do local em dois carros, um Mercedes e um Volvo.
Luis Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária, disse ao jornal que, com exceção de Shergili Farjiani, todos os presos eram “muito perigosos” e sua fuga foi “muito bem preparada”.
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Hermínio Barradas, presidente da Associação dos Chefes do Corpo de Guardas Prisionais (ASCCGP), também descreveu o grupo como “bem equipado” e “determinado”, mas culpou deficiências na segurança.
Ele disse: “Não há torres de vigia há nove anos. As câmeras filmaram tudo, mas não havia capacidade de reação por falta de guardas prisionais.”
De acordo com os sindicatos prisionais ASCCGP e SNCGP, havia 20 guardas de plantão — metade do que seria normalmente esperado — para supervisionar mais de 500 presos.
O serviço prisional português informou em comunicado que foi iniciada uma investigação interna.
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