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Foi a primeira vez que celebrou o 25 de abril, comemoração da Libertação da Itália do nazifascismo. Giorgia Meloni, líder dos Irmãos da Itália, um partido nascido nas brasas do pós-fascismo, nunca teve que fazer isso antes. Ninguém em sua escalação teria feito isso. Mas na terça-feira, como primeira-ministra, ela foi forçada a ir ao Altar da Pátria, um monumento romano que comemora a unidade da Itália. Ele estava lá dez minutos. E publicou no mesmo dia, após semanas de polêmica, uma carta no Corriere della Sera para garantir que ele não sinta nenhuma “nostalgia do fascismo”. O artigo, no entanto, era essencialmente uma espécie de revisionismo histórico, trocando a palavra “libertação” por “liberdade”, “partidários” por “patriotas” e evitando o termo antifascista. Sua timidez em assumir uma posição foi ainda mais acentuada quando o chefe de Estado, Sergio Mattarella, fez seu discurso mais claro e radical contra o fascismo em Cuneo. “Agora e sempre, Resistência”, concluiu a leitura.
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