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Erro de cálculo de Macron

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Numa visita em janeiro de 2017 ao departamento de Pas-de-Calais, localizado no norte de França, Emmanuel Macron, então candidato presidencial, garantiu às câmaras que, se os franceses votassem nele, ele seria o melhor baluarte contra a extrema direita. O ex-ministro da Economia escolheu a antiga zona mineira para lançar a sua campanha porque era o símbolo da França que, desiludida com os partidos tradicionais, começava a desviar-se perigosamente para a extrema direita. O mesmo homem que hoje corre o risco de “uma guerra civil” caso “os extremos” venham a governar falou naquela altura sobre a necessidade de lutar contra aqueles que exploram o medo e as divisões. Sete anos depois e após dois mandatos de Macron à frente do país, o Reagrupamento Nacional (RN) passou de ter três milhões de votos na primeira volta das eleições legislativas para somar 10 milhões. Pas-de-Calais tornou-se o bastião da extrema direita e a cidade de Hénin-Beaumont, feudo de Marine Le Pen. Este domingo, 14 dos seus candidatos, incluindo a própria Le Pen, foram eleitos à primeira volta neste departamento historicamente de esquerda.

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