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Presidente colombiano Gustavo Petro: ‘A guerra às drogas foi um fracasso’

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A guerra contra as drogas matou mais de um milhão de pessoas na América Latina sem prejudicar o poder das máfias do narcotráfico, disse o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ao Strong The One e à RFI em uma ampla entrevista que também aborda a guerra na Ucrânia, a emergência climática e o processo de paz provisório com a guerrilha rebelde do ELN na Colômbia.

“O partido atualmente no poder em Washington está muito ciente do fato de que a guerra às drogas foi um fracasso”, disse Petro, 62, que foi eleito presidente em junho. “Os números falam por si: um milhão de pessoas morreram na América Latina por causa disso, milhões de pessoas – em particular pessoas de cor – são usuários de drogas ou estão em prisões americanas.”

O presidente de esquerda da Colômbia disse que as máfias do narcotráfico “são muito mais poderosas” do que nos dias do notório líder do cartel Pablo Escobar. “São exércitos que controlam regiões inteiras da América Latina, têm estados de joelhos”, acrescentou.

Tocando na guerra na Ucrânia, Petro disse que “a melhor coisa que podemos fazer é dar um passo atrás e defender a paz”, pedindo aos líderes latino-americanos que se unam para pressionar pelo diálogo. Questionado se concorda com o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que Kyiv e Moscou compartilham a culpa pela guerra, ele acrescentou: “É quase como se houvesse boas e más invasões, mas aqui podemos ver que há poderes interesses, determinando se uma invasão é boa ou ruim, defendendo alguns e denegrindo outros”.

Voltando ao assunto dos grupos guerrilheiros colombianos, Petro, ele próprio um ex-guerrilheiro urbano, disse que “o mundo mostrou apoio ao início de um processo de paz com o ELN [National Liberation Army]”, citando ofertas da Espanha, França e vários países da América Latina para ajudar no processo.

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