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Hoje, o Presidente da República considerou que os ataques à tinta já perderam a eficácia, sublinhando que a batalha climática é “boa” e que manifestar-se é um direito de todos num Estado democrático.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas durante a sua visita à Bolsa Turística de Lisboa (BTL), onde, horas antes, o chefe da Direção de Segurança Pública, Luís Montenegro, tinha sido espancado com tinta verde por um ativista climático.
“A ideia é boa e é o clima que todos partilhamos. […] É um bom apelo, é um apelo da juventude, e agora penso que a partir de uma certa altura é uma forma de trabalhar muito ineficaz”, considerou o Presidente da República, ladeado pelo Primeiro-Ministro de Cabo Verde , Ulises Correa e Silva.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que protestar é um direito de cada indivíduo num Estado democrático, mas considerou que esta forma de ação “francamente, já perdeu a sua eficácia”, por ser repetitiva.
Nos últimos meses, registaram-se diversas ações climáticas, com ataques de tinta a membros do governo, como o ministro do Ambiente, Duarte Cordero, ou o ministro das Finanças, Fernando Medina, entre outras iniciativas levadas a cabo por ativistas.
Ativistas do movimento End to Fossil apelaram hoje à ação num comunicado, dizendo que “nenhum partido tem um plano que se ajuste à realidade climática”.
O movimento estudantil apela ao fim da utilização de combustíveis fósseis até 2030 e exige que deixemos de utilizar gás para produzir electricidade até ao próximo ano e, em vez disso, utilizemos electricidade 100% renovável e gratuita.
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