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O vice-presidente disse que entre 2017 e 2023, a Câmara do Porto investiu 657 milhões de euros em medidas de combate às alterações climáticas, e pretende atingir os dois mil milhões de euros em investimentos até 2030.
“As mudanças climáticas e os desafios continuarão. Temos que agir agora para que tenhamos uma cidade com ar condicionado em 50 ou 100 anos”, disse o vice-prefeito Felipe Araujo durante uma sessão do conselho municipal na noite de segunda-feira.
Na sessão convocada pelo BE para discutir políticas de combate às alterações climáticas, Felipe Araujo, que detém a pasta do ambiente, disse que entre 2017 e 2023, o município investiu 234 milhões de euros na implementação de 184 projetos de adaptação às alterações climáticas, sendo 49% dos este montante alocado ao ciclo da água Urbano.
O restante valor foi investido no aumento de áreas verdes, na valorização e reabilitação de linhas de água, na criação de bacias de retenção, no aumento da arborização ou na estabilização de encostas.
Desde 2019, foram também investidos 423 milhões de euros em medidas de mitigação, o que no total ascende a 657 milhões de euros de investimento até 2023 na luta contra as alterações climáticas.
Felipe Araujo enumerou ainda uma série de metas que o município se compromete a alcançar até 2030, ano em que pretende angariar 2 mil milhões de euros em investimentos, 300 milhões de euros em medidas de adaptação e 1,7 mil milhões de euros em medidas de mitigação.
No âmbito destes objectivos destacam-se medidas concretas como o investimento de 15 milhões de euros na zona ribeirinha, a aquisição de terrenos privados nas encostas, o investimento de 70 milhões de euros na reabilitação do parque municipal subsidiado de renda ou 25 milhões de euros em a reabilitação do parque escolar.
Outras medidas a desenvolver incluem a reabilitação de 25% da área verde municipal para que seja acessível ao público, a redução de 25% do número de ocorrências de cheias em áreas urbanas e o aumento da rede de sensores de monitorização ambiental.
Pelo BE, que convocou a sessão, a deputada Susana Constanti Pereira disse que o desafio das alterações climáticas é “enorme”, e por isso disse que é preciso “avançar” em áreas como a mitigação e a transição energética.
O deputado único do Partido da Ação Nacional, Paulo Vieira de Castro, destacou o “trabalho árduo” realizado pela autarquia, mas apelou à necessidade de reunir “parceiros geográficos”, lembrando que os fenómenos climáticos “não têm fronteiras e não conhecem ideologias”. “
Tal como o BE, também o socialista Agostino Souza Pinto considerou as alterações climáticas “um dos maiores desafios” que o planeta enfrenta, e disse que o Porto “pode e deve ser uma referência europeia” no seu combate.
Dizendo concordar com as políticas definidas pela autarquia, o deputado Rui Sá, da CDU, apontou algumas divergências sobre a “forma e ritmo” da candidatura, considerando importante que o Porto não “se deixe cair”. “Dormindo.”
A social-democrata Silvia Soares também considerou este “um dos maiores desafios do século XXI”, lembrando que o Porto enfrenta desafios adicionais por ser uma cidade costeira, mas destacou que as políticas que têm sido postas em prática fazem do município uma “referência”. ”
Por sua vez, o representante único de Chiga, Jerónimo Fernández, criticou a “perspectiva massiva” adoptada por alguns representantes sobre o tema e criticou “a fraude e as histórias de velhas que alimentam os grupos económicos”.
Miguel Barbosa, do movimento independente “Aqui Há Porto”, destacou que o investimento feito pelo município e “o pouco que o Estado tem feito” nesta área, deu por exemplo a Via de Cintura Interna (VCI), “que o o governo precisa de tempo “Muito tempo para resolver”.
“O tempo da gravidez acabou [do Governo PSD/CDS-PP] Ele considerou necessário iniciar o nascimento dessas políticas.
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