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As agências da ONU e as ONG em Gaza vinham alertando há meses: era apenas uma questão de tempo. As desastrosas condições sanitárias, as multidões em tendas, os deslocamentos em série e a escassez de alimentos e água acabariam por se traduzir – mais cedo ou mais tarde – em doenças. Principalmente naquelas que florescem por superlotação ou presença de restos fecais nas águas. Na semana passada, as autoridades de saúde anunciaram o primeiro caso de poliomielite em Gaza em 25 anos, em Deir Al Balah, uma cidade onde dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas. Ele é um bebê de 10 meses que não foi vacinado. Não por acaso, a sua idade coincide com a duração da invasão de Gaza, que baixou a taxa de vacinação de 99% para 89% e durante a qual nasceram pelo menos 50.000 bebés que – entre bombas e evacuações forçadas – dificilmente terão recebido o dose de vacina.
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