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Piratas da música não são terroristas, gravadoras discutem no tribunal * Strong The One

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O provedor de Internet Cox Communications quer um tribunal de apelação para reverter o veredicto de responsabilidade por pirataria de US$ 1 bilhão, proferido por um júri há quatro anos. Como evidência suplementar, o ISP apresentou uma recente decisão da Suprema Corte que considerou o Twitter não responsável por ajudar e incitar o terrorismo. A carta gerou uma resposta das gravadoras enfatizando que terrorismo e pirataria são bem diferentes.

bandeira pirataO provedor de Internet Cox Communications tem estado na ponta de vários processos de pirataria nos últimos anos.

O maior sucesso ocorreu há quatro anos, quando o provedor de Internet perdeu sua batalha legal contra um grupo de grandes gravadoras.

Apelo de US$ 1 bilhão

Um júri da Virgínia responsabilizou Cox por pirataria de assinantes porque não encerrou contas após repetidas acusações, ordenando que a empresa pagasse US$ 1 bilhão em danos às gravadoras. Esta decisão histórica está atualmente sob apelação.

Como parte do recurso, Cox informou ao tribunal sobre uma autoridade suplementar que poderia apoiar sua posição. O caso em questão é Twitter vs. Taamneh, no qual a Suprema Corte dos EUA recentemente decidiu que a plataforma de mídia social não é responsável por terroristas do ISIS, que usaram o Twitter para recrutar e arrecadar fundos.

A Suprema Corte rejeitou a alegação de que o Twitter ajudou e incitou a atividade terrorista, porque não participou “consciente e culpavelmente” da atividade ilegal. Segundo Cox, a mesma lógica se aplica no seu caso, onde o ISP foi responsabilizado pelas atividades de pirataria dos assinantes.

“Esses mesmos princípios de cumplicidade animam a doutrina de responsabilidade contributiva da lei de direitos autorais e, da mesma forma, encerram a responsabilidade aqui”, informou um advogado de Cox ao tribunal.

Cox argumenta que a decisão da Suprema Corte confirma que a responsabilidade por cumplicidade só se aplica quando as partes participaram conscientemente da atividade. Isso vai contra a conclusão em sua própria disputa com as gravadoras, onde não foram exigidas “expressão e conduta culposa” ou “intenção”.

“Embora o Twitter surja em um contexto diferente, seu raciocínio se aplica com força total e apóia a reversão do veredicto de violação de contribuição”, acrescentou Cox.

Os dois casos são bastante diferentes, mas, em última análise, tratam-se de impor responsabilidade a serviços de terceiros. De acordo com Cox, a decisão terrorista do Twitter mostra claramente que não é responsável pela pirataria de assinantes, mas as gravadoras veem as coisas de maneira diferente.

Terroristas vs. Piratas

No início desta semana, as gravadoras responderam no tribunal, rebatendo os argumentos de Cox. Eles argumentam que a decisão do Twitter não se aplica à disputa de pirataria com Cox, já que os casos são baseados em leis diferentes.

Embora a indústria da música certamente não esteja feliz com os piratas, o caso Cox é uma questão de direitos autorais, enquanto o processo do Twitter caiu sob a Lei de Justiça Contra Patrocinadores do Terrorismo. E por enquanto, os piratas não são categorizados como terroristas.

“O Twitter surgiu sob a Lei da Justiça Contra Patrocinadores do Terrorismo. Os queixosos não identificaram ‘nenhum dever’ sob o estatuto de terrorismo exigindo que os réus ‘encerrassem clientes depois de descobrirem que os clientes estavam usando o serviço para fins ilícitos’”.

“Este caso surge sob a Lei de Direitos Autorais. Este Tribunal já decidiu que um provedor de serviços de internet tem o dever de ‘fazer algo’ sobre infratores conhecidos”, acrescenta o advogado das gravadoras.

música de resposta

‘Não tão passivo’

Depois de estabelecer a diferença entre piratas e terroristas, as gravadoras apontam que o Twitter não estava diretamente ligado à má conduta. O papel da plataforma era mais passivo e sua conexão com o ISIS era mais distante do que a conexão da Cox com seus assinantes.

Cox assumiu um papel mais ativo e contribuiu materialmente para as atividades de pirataria, o que não se compara ao caso do Twitter, argumentam os queixosos.

“Cox não era tão passivo”, escreve o advogado da empresa de música, acrescentando que o provedor de Internet “estabeleceu políticas falsas garantindo que a violação continuasse”.

“A Cox sabia de instâncias específicas de violação ocorrendo em sua rede, as vinculou a usuários específicos e optou por não encerrar esses usuários para evitar ‘perder receita de assinantes pagantes’”, acrescenta o resumo da resposta.

Ainda não se sabe como o tribunal de apelação interpretará a decisão do Twitter. Com US $ 1 bilhão em danos em jogo, ambos os lados provavelmente farão tudo ao seu alcance para levar este caso até o fim, e ele pode finalmente chegar à Suprema Corte.

Uma cópia da carta de Cox ao tribunal, incluindo a referida decisão da Suprema Corte, pode ser encontrada aqui (pdf). A resposta das gravadoras está disponível aqui (pdf)

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