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Basta ler ou ouvir a imprensa argentina para acreditar que o Paraguai é um milagre e um paraíso econômico. Basta caminhar algumas horas por sua capital de ruas sem nome, e às vezes sem asfalto, para negá-lo. Bairros de casarões de um lado, bem iluminados e os únicos com calçada; do outro, cabanas de madeira e telhados de chapa. Além de uma classe média que quase desapareceu, como desaparecem os bairros mais pobres de Assunção quando, como agora, sobe o nível do rio Paraguai. Os números macroeconômicos oficiais retratam uma economia muito diferente daquela em que as pessoas vivem. Tão irreais como as belas fachadas dos edifícios do centro histórico, onde ao atravessá-las se encontram parques de estacionamento em vez de património arquitetónico.
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