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A Liga Árabe inicia cerimoniosamente a sua 162ª sessão do Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros, realizada duas vezes por ano na sua sede na famosa Praça Tahrir, no Cairo, onde o ditador Hosni Mubarak foi forçado a cair durante a Primavera Árabe, menos distante no calendário (2011) do que na o entusiasmo que despertou nas ruas. São tempos diferentes e os discursos sucedem-se, com denúncias do “genocídio” israelita em Gaza, termo que os oradores usam, um após outro. O ministro das Relações Exteriores do Iêmen, Shaya Zindani, pede uma “posição árabe unida”; O turco (convidado após 13 anos de ausência), Hakan Fidan, lamenta ver “as consequências da impunidade” de ofensivas anteriores; e o presidente da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, acusa a comunidade internacional pela sua “incapacidade de parar” quase um ano de “genocídio e limpeza étnica”. “Eu não vou adoçar isso. Ou o mundo não quer pressionar a ocupação ou não consegue travar estas ações”, acrescenta. As palavras são duras, com uma ideia, mais ou menos explícita, nas intervenções: o Ocidente é, no mínimo, cúmplice nas quase 41 mil mortes, na devastação e na crise humanitária em Gaza devido ao seu apoio político e armamentista a Israel contra os “irmãos” palestinos.
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