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Os últimos dias do corredor da morte na Califórnia: “Não podemos ser humanos aqui”

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Colleen Hicks, esposa de Douglas 'Chefe' Stankewicz, o preso no corredor da morte há mais tempo na Califórnia, fora da prisão de San Quentin em 26 de abril de 2024, após uma visita.

Um dia, em maio de 1985, Kevin Cooper pisou pela primeira vez no corredor da morte na Prisão Estadual de San Quentin, na Baía de São Francisco. Há três semanas, 39 anos depois, ele deixou para trás uma das prisões mais antigas, famosas e temidas dos Estados Unidos para mais um dia de maio em direção à sua nova casa: o Stockton Health Care Center, que tem nome de hospital, mas é uma penitenciária no meio do nada. A pena capital ainda pesa sobre ele, mas a mudança, diz ele, “foi como ir do inferno para uma espécie de paraíso”. Ele não precisa mais ser algemado e escoltado sempre que estiver fora da cela onde cumpre pena por um crime que afirma não ter cometido. Tem o dobro do espaço e uma janela através da qual se pode ver o céu. A pressão caiu, mas o melhor, diz ele em um telefonema interrompido de vez em quando por uma voz que avisa que a conversa está sendo gravada, é que na nova prisão lhe dão gelo.

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Vista aérea da prisão de San Quentin, na Baía de São Francisco.Kevin Cooper, no corredor da morte em San Quentin, no dia 26 de abril, durante entrevista ao EL PAÍS, em imagem tirada por um agente penitenciário.O promotor distrital de San Bernardino (à esquerda) e o xerife Floyd Tidwell apresentam fotos de Kevin Cooper em 9 de junho de 1983.Lara Bazelon, professora de direito e escritora da Universidade de São Francisco, está trabalhando abnegadamente no caso do presidiário Kevin Cooper.  A foto foi tirada no departamento da universidade que dirige.Morgan Zamora, coordenador de políticas penitenciárias do Centro Ella Baker para Direitos Humanos, fotografado em Oakland, Califórnia, em 25 de abril. Jeff Rosen, promotor público de Santa Clara (Califórnia), anulou pelo menos 15 sentenças de pena de morte.

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