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A inteligência artificial generativa tornou-se uma palavra da moda este ano, atraindo a atenção do público e provocando uma corrida entre a Microsoft e a Alphabet para lançar produtos com tecnologia que acreditam que mudará a natureza do trabalho.
Aqui está tudo o que você precisa saber sobre essa tecnologia.
O que é IA generativa?
Como outras formas de inteligência artificial, a IA generativa aprende como realizar ações a partir de dados anteriores. Ele cria um novo conteúdo – um texto, uma imagem, até mesmo um código de computador – com base nesse treinamento, em vez de simplesmente categorizar ou identificar dados como outra IA.
O aplicativo de IA generativa mais famoso é o ChatGPT, um chatbot que a OpenAI, apoiada pela Microsoft, lançou no final do ano passado. A IA que o alimenta é conhecida como um modelo de linguagem grande porque recebe um prompt de texto e, a partir dele, escreve uma resposta semelhante à humana.
O GPT-4, um modelo mais recente que a OpenAI anunciou esta semana, é “multimodal” porque pode perceber não apenas texto, mas também imagens. O presidente da OpenAI demonstrou na terça-feira como poderia tirar uma foto de uma maquete desenhada à mão para um site que ele queria construir e, a partir disso, gerar uma real.
Para que serve?
Demonstrações à parte, as empresas já estão colocando a IA generativa para funcionar.
A tecnologia é útil para criar um primeiro rascunho de uma cópia de marketing, por exemplo, embora possa exigir uma limpeza porque não é perfeita. Um exemplo é da CarMax, que usou uma versão da tecnologia da OpenAI para resumir milhares de avaliações de clientes e ajudar os compradores a decidir qual carro usado comprar.
A IA generativa também pode fazer anotações durante uma reunião virtual. Ele pode redigir e personalizar e-mails e criar apresentações de slides. A Microsoft e o Google da Alphabet demonstraram esses recursos em anúncios de produtos esta semana.
O que há de errado com isso?
Nada, embora haja preocupação com o potencial abuso da tecnologia.
Os sistemas escolares se preocupam com os alunos que entregam redações elaboradas por IA, prejudicando o trabalho árduo necessário para que eles aprendam. Pesquisadores de segurança cibernética também expressaram preocupação de que a IA generativa possa permitir que atores mal-intencionados, até mesmo governos, produzam muito mais desinformação do que antes.
Ao mesmo tempo, a própria tecnologia é propensa a cometer erros. Imprecisões factuais divulgadas com confiança pela IA, chamadas de “alucinações”, e respostas que parecem erráticas, como professar amor a um usuário, são razões pelas quais as empresas pretendem testar a tecnologia antes de disponibilizá-la amplamente.
Isso é apenas sobre Google e Microsoft?
Essas duas empresas estão na vanguarda da pesquisa e investimento em grandes modelos de linguagem, bem como as maiores a colocar IA generativa em software amplamente utilizado, como Gmail e Microsoft Word. Mas eles não estão sozinhos.
Grandes empresas como a Salesforce, bem como as menores, como a Adept AI Labs, estão criando sua própria IA concorrente ou empacotando tecnologia de outras para dar aos usuários novos poderes por meio de software.
Como Elon Musk está envolvido?
Ele foi um dos cofundadores da OpenAI junto com Sam Altman. Mas o bilionário deixou o conselho da startup em 2018 para evitar um conflito de interesses entre o trabalho da OpenAI e a pesquisa de IA feita pela Telsa – a fabricante de veículos elétricos que ele lidera.
Musk expressou preocupação com o futuro da IA e lutou por uma autoridade reguladora para garantir que o desenvolvimento da tecnologia atenda ao interesse público.
“É uma tecnologia bastante perigosa. Receio ter feito algumas coisas para acelerá-la”, disse ele no final do evento Investor Day da Tesla Inc no início deste mês.
“Tesla está fazendo coisas boas em IA, não sei, isso me estressa, não tenho certeza do que mais posso dizer sobre isso.”
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