Estudos/Pesquisa

Os ensaios clínicos poderiam produzir dados melhores com menos pacientes graças à nova ferramenta

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Pesquisadores da Universidade de Alberta desenvolveram uma nova ferramenta estatística para avaliar os resultados de ensaios clínicos, com o objetivo de permitir que ensaios menores façam perguntas de pesquisa mais complexas e forneçam tratamentos eficazes aos pacientes com mais rapidez.

Em seu artigo, a equipe relata sua nova “Análise de Trajetória Ponderada de Chauhan”, que desenvolveu para melhorar o estimador de Kaplan-Meier, a ferramenta padrão desde 1959.

O teste de Kaplan-Meier limita os pesquisadores porque só pode avaliar questões binárias, como se os pacientes sobreviveram ou morreram durante um tratamento. Não pode incluir outros fatores, como reações adversas a medicamentos ou medidas de qualidade de vida, como ser capaz de andar ou cuidar de si mesmo. A nova ferramenta permite avaliação e visualização simultânea de múltiplos resultados em um gráfico.

“Em geral, as doenças não são binárias”, explica o primeiro autor Karsh Chauhan, estudante de medicina do quarto ano da U of A. “Agora podemos capturar a gravidade das doenças – se elas deixam os pacientes doentes, se os colocam no hospital, se levam à morte – e podemos captar tanto a ascensão como a queda do desempenho dos pacientes em diferentes tratamentos.”

John Mackey, oncologista médico do câncer de mama e professor emérito de oncologia, acrescentou que esta ferramenta permite que os pesquisadores façam um ensaio menor, mais barato e mais rápido, com menos pacientes, e obtenham o benefício geral de um novo tratamento mais rapidamente disponível no mundo.

Os dois começaram a trabalhar na ferramenta estatística há três anos, quando estavam projetando um ensaio clínico para um novo dispositivo para prevenir escaras, que afetam muitos pacientes com doenças de longa duração. Eles queriam ver como a gravidade da doença mudava durante o tratamento, mas o teste de Kaplan-Meier não iria ajudar.

“O Dr. Mackey me disse: ‘Se a ferramenta não existe, então por que você mesmo não a constrói?’ Isso foi muito emocionante”, diz Chauhan, que também é bacharel em engenharia física, que ele chama de “solução de problemas”.

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