News

“Os benefícios do turismo devem ser para todos.”

.

A aposta no turismo sustentável significa também que “os benefícios do turismo devem ser para todos”, defendeu hoje em Macau o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços.

No futuro, “só os destinos turísticos que investem na sustentabilidade poderão competir”, afirmou Nuno Fazenda no primeiro dia do Fórum Económico e de Turismo Global (GTEF), que decorre até sábado, em Macau.

Mas, “para confirmar Portugal como um destino turístico sustentável”, “temos que ver o turismo para além do turismo. É muito mais do que apenas hotéis, agências de viagens e animação turística”, acrescentou o responsável.

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que a indústria do turismo tem repercussões em áreas como “transportes, construção sustentável, agroalimentar, proteção costeira, silvicultura e biodiversidade”.

Na mesma sessão, o Ministro do Turismo brasileiro apelou ao fim “da dicotomia de que o turismo é incompatível com a sustentabilidade, a proteção das florestas e a preservação dos rios e das reservas de água doce do nosso planeta”.

Pelo contrário, Celso Sabino afirmou que “a melhor forma” de contribuir para as gerações futuras e combater “o agravamento do processo das alterações climáticas é através do ecoturismo sustentável”.

O ministro ressaltou que turismo sustentável também significa pensar nas pessoas que ali vivem, “os indígenas, as pessoas que vivem no entorno da floresta” da Amazônia.

“A partir do momento em que há turismo sustentável, os cidadãos tornam-se defensores das florestas e dos rios, porque esta é a sua fonte de rendimento”, sublinhou Sabino.

Além de “garantir um ambiente que permita às gerações futuras usufruir de uma vida saudável”, o ecoturismo pode apoiar a “democratização do desenvolvimento” para além das “metrópoles”, defendeu o ministro, que tomou posse a 3 de agosto.

Ao assumir o cargo, Sabino disse querer incentivar o ecoturismo e destacou a riqueza da Amazônia como destino de ecoturismo para visitantes estrangeiros.

Mas a sustentabilidade está ameaçada pelas alterações climáticas, que Nuno Fazenda descreveu como “o maior desafio das nossas vidas, que exige o compromisso de todos”, incluindo os turistas.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu, dizendo: “Precisamos de cooperação a vários níveis, local, regional e internacional”.

Fazenda referiu que Portugal foi “o primeiro país do mundo” a assumir o compromisso de alcançar a neutralidade carbónica até 2045.

As alterações climáticas “devem ser uma prioridade em todas as políticas públicas”, afirmou o dirigente, citando como exemplos a promoção da mobilidade sustentável, incluindo redes de metro e veículos eléctricos.

Em agosto, Carlos Pimenta Machado, vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, disse em Macau que Portugal era o país da Europa onde as alterações climáticas estavam a ter maior impacto.

.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo