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Os autarcas da região encaram o programa de revitalização da Serra da Estrela como um desafio e que têm investimentos que vão revitalizar a região e mudar o modelo de planeamento regional, paisagístico e de mobilidade.
O programa de revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela, no valor de 155 milhões de euros, aprovado em Conselho de Ministros no passado dia 8 de fevereiro, foi publicado sexta-feira no jornal Diário da Repubblica.
O plano visa promover o desenvolvimento económico e social da região afetada pelos incêndios do verão de 2022. Inclui medidas para “aumentar a resiliência das regiões e fortalecer a economia regional” visando 15 municípios da Comunidade Intermunicipal de Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), entidade que será responsável pela implementação de todo o programa nos próximos quatro anos.
Para o presidente do CIMBSE, Luis Taddeo, esta é uma “importante oportunidade” para a região.
Sublinhou que o documento especificava prazos para os projetos e admitiu que não incluía tudo o que os autarcas queriam, mas sublinhou que isso também era “impossível”.
O autarca disse à agência Lusa: “É um programa muito difícil e agora a região deve abraçar a sua implementação com todas as suas forças, porque não haverá outro plano com meios e prazos tão limitados tão rapidamente”.
Luis Taddeo, que também é presidente da Câmara Municipal de Gouveia, eleito pela Direcção de Segurança Pública, disse que os autarcas da região terão de reunir com o novo governo assim que for conhecida a sua composição para que o plano possa ser implementado em da melhor maneira possível. .
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sergio Costa, eleito pelo movimento Bella Guarda, vê o plano como um “enorme desafio” para os autarcas nos próximos quatro anos, mas “uma alavanca essencial para a região”.
O autarca diz que vai mudar o paradigma em termos de economia, mobilidade rural, acessibilidade, utilização da água e desenvolvimento do turismo.
Sérgio Costa admitiu à Lusa que “será preciso acelerar bastante para que o plano possa ser concretizado”.
Para o presidente da Câmara Municipal de Mantejas, Flávio Massano, este é um programa “interessante e positivo” que inclui projetos que “vão revitalizar a zona”.
Para o autarca eleito pelo movimento Mantejas 2030, “o desafio agora é implementar o plano o mais rapidamente possível em nome desta região e do seu povo”.
Flávio Massano considera-o “um programa sem precedentes nesta região” e destaca os fundos “significativos” atribuídos à conservação ambiental e à revitalização de uma região que perdeu parte da sua natureza.
O presidente da Câmara da Guarda aponta alterações na mobilidade na Serra da Estrela, como a ligação entre Videmonte e Volgosinho, “necessária há mais de 50 anos”, o estudo da construção da barragem de Assedasse falou de “mais informações” há “mais de 70 anos” e o reforço dos serviços de protecção civil.
Sérgio Costa considera o plano “uma vitória dos autarcas e do Estado” e destaca o empenho da ministra da Coesão Regional, Ana Abronhosa. O presidente da Câmara de Gouvia partilha da mesma opinião, considerando que o Ministério da Coesão foi “parte essencial para alcançar este resultado”.
Quanto ao papel do próximo governo, os autarcas esperam que este continue a olhar para a região de uma forma diferente.
“Precisamos desta distinção positiva, precisamos da atenção das políticas públicas e dos governos. Não vamos retroceder, vamos avançar mais”, sublinha o presidente da Câmara de Mantejas.
O presidente da Câmara da Guarda acredita que o próximo governo será um “forte aliado” para ajudar a implementar o plano e “avançar se possível”.
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