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O clima em muitas salas de aula e salas de professores na França, no último dia antes das habituais férias de outono de duas semanas, era sombrio. Uma semana antes, em 13 de outubro, um deles, o professor de francês Dominique Bernard, havia sido morto a facadas em sua escola secundária, Gambetta-Carnot, na cidade de Arras, no norte do país. O nome do agressor era Mohamed Mogouchkov, ele era originário do Cáucaso russo e havia estudado no mesmo instituto. “Sempre conheci salas de professores onde havia uma certa leveza, risos, e agora se sente a gravidade, ou a ausência de leveza”, diz Iannis Roder, um veterano professor de história e geografia nos subúrbios ao norte de Paris. “É como se algo pesasse sobre os ombros de cada um de nós.”
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