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Muitas organizações se uniram no movimento “Todos a bordo!” Foi lançada ontem uma petição apelando ao governo para que tome “medidas imediatas e ambiciosas” para garantir o direito à mobilidade sustentável, promover a justiça climática e garantir empregos dignos.
Lançada nas vésperas da Semana Europeia da Mobilidade, a petição é promovida pelas organizações Zero – Sistema Terrestre Sustentável, Associação Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBI), Movimento Vida Justa, Movimento Cívico pela Estação Nova (Coimbra), Movimento SOS Terras do Cávado, Sindicato dos Trabalhadores Em funções públicas e sociais no Norte, Climáximo e Frente Grisalha pelo Clima.
Estas organizações fazem parte da campanha “All on Board!”, que afirma que “a mobilidade sustentável deve ser acessível a todos, independentemente da sua localização ou estatuto socioeconómico”.
“A transição para um modelo de mobilidade limpa deve ser acompanhada de um forte investimento em infraestruturas e nas pessoas, criando milhares de empregos qualificados e promovendo um futuro mais justo e sustentável”, defendem em comunicado.
Dizem que as medidas propostas pela campanha visam garantir que ninguém seja deixado para trás na transição para uma economia livre de combustíveis fósseis.
Na petição, as organizações “apelam ao governo e ao Conselho da República para que tomem ações imediatas, ambiciosas, mas bem fundamentadas, apoiadas por fortes mecanismos de financiamento, a fim de garantir o direito à mobilidade sustentável, promover a justiça climática, e garantir oportunidades de trabalho decentes.” “.
A petição intitulada “All Aboard! – Medidas Imediatas pelo Direito à Mobilidade, ao Planeta e ao Emprego” – disponível em – propõe quatro eixos principais de intervenção.
No primeiro eixo, defende-se um “verdadeiro passe nacional multimodal e sustentável baseado no investimento público nos caminhos-de-ferro”, que deverá acrescentar apenas cinco euros aos passes urbanos existentes, ao custo de 45 euros.
Esta ação deve ser acompanhada de investimentos em material circulante e infraestruturas e do emprego de trabalhadores com profissões e condições de trabalho dignas e atrativas.
“A sustentabilidade financeira das empresas de transporte não pode ser questionada, mas deve ser garantida para tornar estas medidas viáveis. Só desta forma uma declaração nacional poderá significar um progresso justo no direito de todos à mobilidade limpa.”
O segundo eixo centra-se numa “melhor oferta para que o direito à mobilidade não exija a posse de automóvel”, considerando que para atingir este objetivo é necessário, entre outras medidas, ter empregos com horários frequentes, regulares e fiáveis e dedicados. redes rodoviárias. Para rotas de transporte público em áreas lotadas.
“A electrificação de todas as linhas ferroviárias e de transporte terrestre de mercadorias e a substituição das frotas rodoviárias por outras não poluentes” constitui o terceiro eixo de trabalho.
No eixo final, os peticionários exigem a transformação dos espaços públicos que dão acesso às principais interfaces de transporte público, e torná-los “confortáveis e seguros para caminhar e andar de bicicleta, além de fornecer estacionamento para bicicletas e espaços compartilhados para bicicletas”.
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