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A ONG portuguesa Ocean Alive recebeu o Prémio de Conservação Marinha da Comissão Europeia por um projeto que visa restaurar e conservar pradarias de ervas marinhas e sapais ameaçadas de extinção no estuário do Rio Sado, em Setúbal.
O prémio, na categoria de conservação marinha dos Prémios Natura 2000, edição 2024, foi atribuído à ONG por desenvolver iniciativas de conservação e restauro dirigidas a seis tipos de habitats de prados marinhos e sapais no sítio Natura 2000 do estuário do Sado, num total de 20 hectares destas “Florestas Azuis”, segundo um comunicado da Comissão Europeia.
A ONG destaca Bruxelas, onde promoveu mudanças comportamentais nas principais partes interessadas, envolvendo de forma ativa e colaborativa a comunidade piscatória local, os decisores políticos e os cientistas na conservação de pradarias de ervas marinhas e habitats de pântanos salgados.
Especificamente, a Ocean Alive, com financiamento e doações corporativas, tem financiado a conservação e restauração dos prados de Soltroia e Base-Ferry, combatendo as práticas de estabilização como principais causas da degradação e melhorando o estado de conservação dos habitats através do combate à poluição proveniente do lixo marinho no Caldeira e Carrasquera.
A comunidade local participou na instalação de bóias de amarração e no fornecimento de bóias feitas a partir de materiais descartados de artes de pesca, como forma de reciclagem de resíduos marinhos.
Também foram retiradas mais de 25 mil toneladas de lixo marinho (plástico, vidro, metal, equipamentos de pesca e chumbo).
De acordo com o executivo comunitário, as pradarias de ervas marinhas e os pântanos salgados estão entre os habitats costeiros mais valiosos e fornecem múltiplos serviços ecossistémicos, incluindo protecção costeira e sequestro de carbono.
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